Correlação entre funcionalidade, mobilidade e risco de quedas em idosos com doença de Alzheimer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2020v22e70219

Resumo

Avaliar a capacidade funcional, mobilidade e equilíbrio em pacientes idosos com Doença de Alzheimer (DA). Foram selecionados 88 pacientes idosos (81,79±6,54 anos) diagnosticados com DA atendidos em um centro de referência atendimento a idosos, e estas informações foram coletadas entre janeiro e junho de 2019, com o preenchimento da ficha de avaliação. A seguir, aplicaram-se dois questionários aos cuidadores (Clinical Dementia Rating-CDR e Disability Assessment for Dementia -DAD) e dois testes aos idosos dementados (Southampton Assessment of Mobility-SAM-Br e Timed Get Up and Go-TUG). A correlação das variáveis foi feita no software SPSS versão 22 com o uso da Correlação de Pearson, considerando-se o nível de significância p?0,05. Obtiveram-se correlações fracas entre CDR e DAD (p= 0,04; r= -0,31) com diferença significativa; correlação forte e diferença significativa entre CDR e TUG (p= 0,02; r= 0,87); CDR teve correlação fraca e não significativa com SAM-Br (p=0,14; r=-0,24); diferença significativa e correlação altamente forte entre SAM-Br e TUG (p=0,01; r= 0,70). Os idosos com doença de Alzheimer apresentam diminuição da capacidade funcional, mobilidade e risco de quedas associada ao avanço da doença. As ferramentas SAM-Br e TUG apresentaram correlação forte entre elas e, apesar de ser uma medida genérica, o TUG apresentou forte correlação com o avanço da DA, podendo ser um teste preditivo para o risco de quedas nesta população.

Referências

Valcarenghi RV, Santos SSC, Barlem ELD, Pelzer MT, Gomes GC, Lange C. Alterações na funcionalidade/cognição e depressão em idosos institucionalizados que sofreram quedas. Acta Paul Enferm. 2011;24(6):828–33.

Aragão FA. Influências do envelhecimento, do tempo de evolução da doença e do estado cognitivo sobre os episódios de quedas, em uma população parkinsoniana. Fisioter Bras. 2018;6(4):250–4.

Zidan M, Arcoverde C, Araújo NB de, Vasques P, Rios A, Laks J, et al. Motor and functional changes in different stages of Alzheimer’s disease. Arch Clin Psychiatry (São Paulo). 2012;39(5):161–5.

Gratão ACM, da Silva Talmelli LF, Figueiredo LC, Rosset I, Freitas CP, Rodrigues RAP. Dependência funcional de idosos e a sobrecarga do cuidador. Rev da Esc Enferm da USP. 2013;47(1):137–44.

Takizawa C, Thompson PL, van Walsem A, Faure C, Maier WC. Epidemiological and economic burden of Alzheimer’s disease: a systematic literature review of data across Europe and the United States of America. J Alzheimer’s Dis. 2015;43(4):1271–84.

Savva GM, Brayne C. Epidemiología y repercusión de la demencia. Man Enferm Alzheimer y otras demencias Madrid Editor Panam. 2010;17–21.

Arcoverde C, Deslandes A, Rangel A, Rangel A, Pavão R, Nigri F, et al. Role of physical activity on the maintenance of cognition and activities of daily living in elderly with Alzheimer’s disease. Arq Neuropsiquiatr. 2008;66(2 B):323–7.

Borges L de L, Albuquerque CR, Garcia PA. The impact of cognitive, functional, and mobility decline of elderly with Alzheimer disease on their caregivers’ burden. Fisioter e Pesqui. 2009;16(3):246–51.

Ferreira LL, Sanches GGA, Marcondes LP, Saad PCB. Risco de queda em idosos institucionalizados com doença de Alzheimer. Rev Kairós Gerontol. 2013;16(3):95–105.

Bahia VS, Carthery-Goulart MT, Novelli MM, Kato-Narita EM, Areza-Fegyveres R, Caramelli P, et al. Functional disability in Alzheimer disease: a validation study of the Brazilian version of the Disability Assessment for Dementia (DAD-Br). Alzheimer Dis Assoc Disord. 2010;24(3):291–5.

Carthery-Goulart MT, Areza-Fegyveres R, Schultz RR, Okamoto I, Caramelli P, Bertolucci PHF, et al. Adaptação transcultural da escala de avaliação de incapacidade em demência (disability assessment for dementia - DAD). Arq Neuropsiquiatr. 2007;65(3 B):916–9.

Pereira LSM, Marra TA, Faria CDC de M, Pereira DS, Martins MAA, Dias JMD, et al. Adaptação transcultural e análise da confiabilidade do Southampton Assessment of Mobility para avaliar a mobilidade de idosos brasileiros com demência. Cad Saude Publica. 2006;22:2085–95.

Podsiadlo, D; Richardson S. The timed ”up & go”: A test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc. 1991;39(2):142–8.

Carvalho GA, Peixoto NM, Capella PD De. Análise comparativa da avaliação funcional do paciente geriátrico institucionalizado por meio dos protocolos de Katz e Tinetti. 2007;1–8.

Santos, L.C.S; Lira M. Correlação entre função cognitiva e capacidade funcional nos indivíduos com doença de Alzheimer. Cad Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolv. 2012;12(2):36–45.

Podsiadlo D, Richardson S. The timed “Up & Go”: a test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc. 1991;39(2):142–8.

Silva TBL da, Yassuda MS, Guimarães VV, Florindo AA. Fluência verbal e variáveis sociodemográficas no processo de envelhecimento: um estudo epidemiológico. Psicol Reflexão e Crítica. 2011;24(4):739–46.

Barry E, Galvin R, Keogh C, Horgan F, Fahey T. Is the Timed Up and Go test a useful predictor of risk of falls in community dwelling older adults: A systematic review and meta- analysis. BMC Geriatr. 2014;14(1).

Clegg A, Barber S, Young J, Iliffe S, Forster A. The Home-based Older People’s Exercise (HOPE) trial: A pilot randomised controlled trial of a home-based exercise intervention for older people with frailty. Age Ageing. 2014;43(5):687–95.

Woellner SS, Araújo AG dos S, Risso PR, Hoepfer Jr H. Estudo comparativo da mobilidade orientada pelo desempenho em idosos com e sem doença de Alzheimer. Rev Bras Med. 2012;69(11).

Downloads

Publicado

2020-06-26

Edição

Seção

Artigos Originais