Cafeína e desempenho anaeróbio

Autores

  • Fabrizio Caputo Universidade do Estado de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
  • Rafael Alves de Aguiar Universidade do Estado de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
  • Tiago Turnes Universidade do Estado de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
  • Bruno Honorato da Silveira Universidade do Estado de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2012v14n5p602

Resumo

O efeito ergogênico da cafeína em exercícios anaeróbios permanece controverso, parecendo ser dependente da duração do exercício, protocolo utilizado e do estado de treinamento dos sujeitos estudados. Assim, esta revisão surge na tentativa de analisar as pesquisas que investigaram o efeito da cafeína no desempenho de exercícios predominan­temente anaeróbios e principalmente, discutir a respeito dos diferentes métodos utilizados, objetivando verificar de que forma isto pode explicar os resultados controversos, além de apresentar os possíveis mecanismos de ação da cafeína. Em simples esforços anaeróbios com duração inferior a 30 segundos, a cafeína parece exercer influência no desempenho apenas em atletas, no entanto, mais estudos precisam ser feitos nesta população. Já em exercícios um pouco mais extensos (de 60 até 180 segundos), a cafeína parece melhorar o desempenho independentemente do estado de treinamento. O mecanismo de ação ainda não está claro, entretanto, existem evidências que a ação da cafeína é multifatorial, visto que esta substância altera características centrais e periféricas. Dentre as principais características, a cafeína atua como receptor antagônico de adenosina, aumentando a excitabilidade do sistema nervoso central e alterando a percepção de esforço e de dor, além disso, diminui a sensibilidade do retículo sarcoplasmático na liberação do cálcio. Novas pesquisas que investiguem o papel da cafeína em exercícios anaeróbios devem ser realizadas, utilizando amostras de indivíduos adaptados ao treinamento anaeróbio, bem como protocolos semelhantes ao de esportes cíclicos a fim de esclarecer os resultados contraditórios.

 

Biografia do Autor

Fabrizio Caputo, Universidade do Estado de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

possui graduação em Bacharelado em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000), mestrado em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003) e doutorado em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em fisilogia do exercício, atuando principalmente nos seguintes temas: ciclismo, corrida, metabolismo energético, consumo de oxigênio

Rafael Alves de Aguiar, Universidade do Estado de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

Graduado em Bacharel em Educação Física na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Atualmente é membro do LAPEDH (Laboratório de Pesquisa em Desempenho Humano) com participação em projetos de pesquisa nas áreas de treinamento esportivo, cineantropometria e avaliações físicas em campo e laboratório.

Tiago Turnes, Universidade do Estado de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

Mestrando em Ciências do Movimento Humano - CEFID/UDESC, possui Bacharelado em Educação Física pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC (2010).
Desde 2008 é membro do Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano (LAPEDH / UDESC).
Tem experiência em educação física com ênfase em fisiologia do exercício, cineantropometria e treinamento desportivo.

Bruno Honorato da Silveira, Universidade do Estado de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

Formado em Bacharelado de Educação Física na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Atualmente é membro do LAPEDH (Laboratório de Pesquisa em Desempenho Humano) com participação em projetos de extensão e pesquisa nas áreas de treinamento esportivo, cineantropometria e avaliações físicas em campo e laboratório. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase na Fisiologia do Execício

Downloads

Publicado

2012-08-17

Edição

Seção

Artigos de Revisão