Efeitos de um programa de exercícios físicos estruturados sobre os componentes da síndrome metabólica

Autores

  • Aldemir Smith Menezes Mestrado em Educação Física/CDS/UFSC (2004)

DOI:

https://doi.org/10.1590/%25x

Resumo

A síndrome metabólica (SM) caracteriza-se por um conjunto de fatores de risco, na sua maioria modificáveis, precursores principalmente do diabetes tipo 2 e da doença arterial coronariana. O diagnóstico da SM é representado, segundo os critérios estabelecidos pelo National Institute of Health, por no mínimo três, dos seguintes componentes: obesidade abdominal, resistência à insulina, hipertensão arterial, elevados níveis de triglicérides e baixos níveis de HDL-colesterol. Tendo em vista a existência de poucas pesquisas mostrando alterações nos fatores de risco da SM com o exercício físico estruturado, o presente estudo teve por objetivo descrever os resultados obtidos nesse tipo de intervenção, em pessoas portadoras da SM. A referida pesquisa foi caracterizada como do tipo quase experimental, com delineamento de séries temporais – para um grupo experimental 1 (GE 1) – e grupo controle não equivalente, relativo a comparação entre o grupo experimental 2 (GE 2) e o grupo controle (GC). A amostra foi composta por homens e mulheres, oito voluntários, em cada grupo experimental e de dez pessoas no grupo controle, todos atendidos pelo Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa, Ensino e Assistência ao Portador de Dislipidemia (NIPEAD) do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina. Antes do programa foram coletados os dados referentes a: triglicérides, HDL-colesterol, glicemia em jejum, perímetro da cintura (PC), índice de massa corporal (IMC), pressão arterial (diastólica e sistólica) e gasto energético com atividade física habitual. O programa de exercícios teve duração de um ano, quatro vezes por semana, sendo composto de exercícios aeróbios (em bicicleta ergométrica/esteira), de acordo com o grupo estudado. O GE 1 foi avaliado em quatro períodos distintos (no início do programa, após três meses de intervenção, após três meses de pausa e após seis meses de intervenção) e os demais (GE 2 e GC) em dois períodos (no início e após seis meses de intervenção). Para a análise dos dados, foram utilizados a estatística descritiva e os testes não paramétricos de Friedman, o teste de ordenação sinalizada de pares combinados de Wilcoxon e o teste U Mann-Whitney, adotando-se o nível de significância de 5%. Após a intervenção encontraram-se alterações significativas: 1) no HDL-colesterol (aumento) em ambos os sexos; 2) na glicemia de jejum (decréscimo) para o GE 1, após o primeiro período de intervenção; 3) na pressão arterial (redução) do GE 1 e do GE 2; 4) no PC e IMC do GE 1, após três meses de intervenção e incremento dos valores desta variável no período sem a intervenção. Quanto a SM, percebeu-se que os homens apresentaram maior controle das variáveis estudadas quando comparados às mulheres. Concluindo, observou-se que a intervenção com exercício físico estruturado foi eficiente na elevação dos níveis de HDL-colesterol e na redução dos níveis de pressão arterial, os quais podem contribuir para um maior sucesso dos programas de exercício físico no controle da síndrome metabólica.

Biografia do Autor

Aldemir Smith Menezes, Mestrado em Educação Física/CDS/UFSC (2004)

Mais informações:
Currículo Lattes

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Publicado

2004-05-24

Edição

Seção

Resumo de Dissertação e Teses