Validação de equações de predição da taxa metabólica de repouso em adolescentes

Autores

  • Paulo Henrique Santos da Fonseca Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.1590/%25x

Resumo

A taxa metabólica de repouso (TMR) é defi nida como a taxa mínima de energia consumida, sendo o principal componente do gasto energético diário. O objetivo deste estudo foi de validar equações de predição da TMR em adolescentes (103 indivíduos, sendo 51 meninas e 52 meninos, com idade entre 10 e 17 anos) de Florianópolis – SC. Foram mensuradas: massa corporal, estatura e dobras cutâneas, e a massa corporal magra e massa corporal gorda pela bioimpedância. A TMR não protéica foi calculada pela equação de Weir (1949), considerada como padrão, utilizando-se o analisador de gases AeroSport TEEM-100. As equações analisadas quanto a sua validade foram: Harris e Benedict (1919), Schofi eld (1985), WHO/FAO/UNU (1985), Henry e Rees (1991), Molnár et al. (1998), Tverskaya et al. (1998) e Müller et al. (2004). Para analisar a validade cruzada das equações de predição com a medida real da TMR, realizaram-se os seguintes procedimentos estatísticos: correlação de Pearson (r ? 0,70), o teste “t” pareado com nível de signifi cância de 0,05, média do erro constante (com diferença menor que 5%) e a análise de dispersão gráfi ca proposta por Bland e Altman (1986). A maioria das equações de predição da TMR em meninas não apresentou diferença signifi cativa (p>0,05) em relação à medida padrão (Weir 1949), com exceção das equações sugeridas por Tverskaya et al. (1998) e os dois modelos de Müller et al (2004). Mesmo não havendo diferença signifi cativa, somente os modelos propostos por Henry e Rees (1991) e Molnár et al. (1995) obtiveram variação de erro constante inferior a 5%. Todas as equações analisadas no estudo em meninas não alcançaram valor critério de correlação de 0,70 com a calorimetria indireta. Analisando as equações de predição da TMR em meninos, todas tiveram correlação moderada com a calorimetria indireta, porém ficando abaixo do coefi ciente 0,70. Somente a equação desenvolvida por Tverskaya et al. (1998) teve diferença (p<0,05) em relação à medida padrão. As equações propostas por Schofi eld (1985), Tverskaya et al. (1998) e o modelo de Müller et al. (2004) tiveram variações no erro padrão superiores a 5%. Conclui-se, desta forma, que, em ambos os sexos, nenhuma das equações de predição possui validade no cálculo da TMR em adolescentes com as características dos grupos estudados.

Biografia do Autor

Paulo Henrique Santos da Fonseca, Universidade Federal de Santa Catarina

Mais informações:
Currículo Lattes

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Publicado

2007-09-05

Edição

Seção

Resumo de Dissertação e Teses