Aptidão cardiorrespiratória em crianças e adolescentes
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-0037.2018v20n6p535Resumo
Aptidão cardiorrespiratória é um importante indicador da condição de saúde. Objetivou-se verificar a capacidade cardiorrespiratória, conforme grupo etário e sexo, em crianças e adolescentes do Estado de Sergipe. Trata-se de um estudo com delineamento transversal. A amostra foi composta por 195 adolescentes de ambos os sexos com média de idade de 11,75±3,0 anos. Para a caracterização dos participantes, utilizou-se um questionário com dados sociodemográficos. Aplicou-se uma avaliação antropométrica, de forma a estimar o estágio maturacional por meio do pico de velocidade de crescimento (PVC) e o teste de vai e-vem de 20 metros para a estimativa da capacidade cardiorrespiratória. ANOVA two-way foi aplicada com amostra dividida em dois grupos (“até 13 anos” e “acima de 13 anos”). Foi aplicado contraste polinomial para identificar o tipo de tendência para a aptidão cardiorrespiratória, e contraste simples para comparações múltiplas. Todos os procedimentos adotaram p < 0,05 e utilizaram o software SPSS versão 22.0. No grupo etário “acima dos 13 anos”, encontrou-se efeito significativo no comportamento da capacidade cardiorrespiratória conforme “sexo” [F(1, 45) = 5,54, p = 0,02, r=0,33] e “idade” [F(4, 45) = 3,37, p = 0,02, r=0,48]. O contraste polinomial revelou tendência linear para o VO2 em relação à idade de corte de 13 anos (p=0,04). O contraste simples identificou comportamento crescente da capacidade cardiorrespiratória em relação aos grupos etários de 15 e 16 anos quando comparados ao grupo de 14 anos. Conclui-se que o sexo e a idade influenciam positivamente na capacidade cardiorrespiratória a partir da idade de referência maturacional.Referências
Baxter-Jones AD, Eisenmann JC, Sherar LB. Controlling for maturation in pediatric exercise science. Pediatr Exerc Sci 2005;17(1):18-30.
Machado DRL, Bonfim MR, Costa LT. Pico de velocidade de crescimento como alternativa para classificação maturacional associada ao desempenho motor. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2009;11(1):14-21.
Shephard RJ, Bouchard C. Population evaluations of health related fitness from perceptions of physical activity and fitness. Can J Appl Physiol 1994;19(2):151-173.
Ortega FB, Ruiz JR, Castillo MJ, Sjöström M. Pediatric rewiew physical fitness in childhood and adolescence: a powerful marker of health. Int J Obes (Lond) 2008;32(1):1–11.
Ferrari GLM, Bracco MM, Matsudo VKR, Fisberg M. Cardiorespiratory fitness and nutritional status of schoolchildren: 30-years evolution. J Pediatr (Rio J) 2013;89(4):366-73.
Ferreira RV, Leadl JC, Brunherotti MAA. Desempenho e indicadores cardiorrespiratórios. Rev Bras Med Esporte 2017; 23(3):189–93.
Silva RJS, Petroski EL. Consumo máximo de oxigênio e estágio de maturação sexual de crianças e adolescentes. Motri 2008;4(1):13-9.
Machado FA, Guglielmo LGA, Denadai BS. Velocidade de corrida associada ao consumo máximo de oxigênio em meninos de 10 a 15 anos. Rev Bras Med Esporte 2002;8(1):1-6.
Armstrong N. Aerobic fitness of children and adolescents. J Pediatr (Rio J) 2006;82(6):406-8.
Tomkinson GR, Lang JJ, Tremblay MS. Temporal trends in the cardiorespiratory fitness of children and adolescents representing 19 high-income and upper middleincome countries between 1981 and 2014. Br J Sports Med in press.
International Society for the Advancement of Kinanthropometry - ISAK. International standards for anthropometric assessment. Sydney: ISAK; 2001.
Mirwald RL, Baxter-Jones ADG, Bailey DA, Beunen GP. An assessment of maturity from anthropometric measurements. Med Sci Sports Exerc 2002;34(4):689–94.
Leger LA, Lambert J. A maximal multistage 20-m shuttle run test to predict VO2 max applied. Eur J Appl Physiol Occup Physiol 1982;49(1):1-12.
Cohen J. Statistical power analysis for the behavioral sciences. 2.ed. New York, USA: Lawrence Erlbaum Associates; 1988.
Miranda VPN, Faria FR, Faria ER, Priore SE. Somatic maturation and body composition in female healthy adolescents with or without adjustment for body fat. Rev Paul Pediatr 2014;32(1):78–84.
Armstrong N, Welsman JR. Peak oxygen uptake in relation to growth and maturation in 11 to 17-year-old humans. Eur J Appl Physiol 2001;85(6):546–51.
Ruiz JR, Castro-Piñero J, España-romero V, Artero EG, Ortega FB, Cuenca MM, et al. Field-based fitness assessment in young people: the ALPHA health-related fitness test battery for children and adolescents. Br J Sports Med 2011;45(6):518–24.
Machado FA, Guilherme L, Guglielmo A, Denadai S. Velocidade de corrida associada ao consumo máximo de oxigênio em meninos de 10 a 15 anos. Rev Bras Med Esporte 2002;8(1):8–13.
Pereira S, Katzmarzyk PT, Gomes TN, Souza M, Chaves RN, Karina F, et al. A multilevel analysis of health-related physical fitness: the portuguese sibling study on growth, fitness, lifestyle and health. PLoS One 2017;12(2):1–15.
Pelegrini A, Minatto G, Claumann G, Silva D, Grigollo L, Schwinn F, et al. Cardiorespiratory fitness in adolescents. Rev Andal Med Deport 2017;10(3):152–7.
Souza VS, Batista MB, Cyrino ES, Blasquez G, Serassuelo Junior H, Romanzini M, et al. Associação entre aptidão cardiorrespiratória e participação regular de adolescentes em esportes. Rev Bras Ativ Fís Saúde 2013;18(4):511–9.
Soares NMM, Silva RJS, Melo EV, Oliveira ACC. Cardiorespiratory fitness in school. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2014;16(2):223-32.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais, desde que seja dada a atribuição. Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional - CC BY