Fatores preditivos da eficácia do ataque: o caso da equipe campeã da superliga feminina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2019v21e59383

Resumo

Objetivou-se identificar os fatores preditivos da eficácia do ataque da equipe campeã da superliga feminina conforme o nível de desempenho das equipes adversárias. A amostra compôs-se pela observação de 1137 ataques ocorridos em 21 jogos da equipe campeã da Superliga Feminina 2015-2016. Os resultados mostraram-se significativos na identificação dos fatores preditivos da eficácia do ataque em confrontos contra adversários de desempenho elevado (x2=110,562; p<0,00001), intermediário (x2=64,134; p<0,00001) e baixo (x2=62,137; p<0,00001). Assim, conclui-se que ao enfrentar equipes de elevado desempenho o ataque potente para a posição 6 e o 2º tempo de ataque aumentaram as chances de pontuar no ataque; os ataques potentes para a posição 1 e 5 reduziram as chances de ocorrer a continuidade do jogo e o ataque potente para a posição 6 aumentaram as chances de ocorrer o bloqueio. Além disso, em jogos contra equipes de desempenho intermediário a recepção que permitiu o ataque organizado sem todas as opções de ataque reduziu as chances de pontuar no ataque e de continuidade do jogo, enquanto que a eficácia da recepção não mostrou-se como fator preditivo da eficácia do ataque em jogos contra adversários de elevado e baixo desempenho; e, finalmente, em jogos contra equipes de baixo desempenho o ataque potente para a posição 1 reduziu as chances de ocorrer a continuidade do jogo e o bloqueio do ataque.

Referências

Eom, H. J., Schutz, N. R. (1992). Statistical analysis of Volleyball team performance. Res Q Exerc Sport 1992;63(1):11-18.

Hughes M, Bartlett RM. The use of performance indicators in performanceanalysis. J Sports Sci 2002;20:739-754.

Barreira J, Silva CE. National teams in Women’s Soccer World Cup from 1991 to 2015: participation, performance and competitiveness. J Phys Educ Sport 2016;16(3):795-799.

Clemente FM, Martins FML, Mendes RS, Silva F. Social network measures to match analysis in soccer: A survey. J Phys Educ Sport 2016;16(3),823-830.

Marcelino R, Afonso J, Moraes JC, Mesquita I. Determinants of attack players in high-level men’s volleyball. Kinesiology 2014;46(2):234-241.

Mesquita I, Palao JM, Marcelino R, Afonso J. Performance analysis in indoor volleyball and beach volleyball. In: McGarry T, O’Donoghue P, Sampaio J, editors. Routledge Handbook of Sports Performance Analysis, pp.367-79, 2013.

García-de-Alcaraz A, Ortega E, Palao JM. Effect of age group on male volleyball players’ technical-tactical performance profile for the spike. Int J Perform Anal Sport 2015;15(2):668-686.

Costa GDCT, Maia MP, Rocha ACR, Martins LR, Gemente FRF, Campos MH,et al. Association between effect of reception and game procedures in high-level Brazilian volleyball: The case of the women’s “Superliga” champion team. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2017;19(6):663-675.

Conti G, Freire A, Evangelista B, Pedrosa G, Ugrinowitsch H, Castro H. Brazilian high level men’s volleyball: characterization of the attack performed by the opposite player. Kinesiology 2018;50(2):10-17.

Costa GCT, Afonso J, Barbosa RV, Coutinho P, Mesquita I. Predictors of attack efficacy and attack type in high-level Brazilian women’s volleyball. Kinesiology 2014;46(2):242–248.

Costa GDC, Barbosa RV, Freire AB, Matias CJAS, Greco PJ. Análise das estruturas do Complexo I à luz do resultado do set no voleibol feminino. Motrici 2014;10(3):40-49.

Costa GC, Castro HO, Evangelista BF, Malheiros LM, Greco PJ, Ugrinowitsch H. Predicting factors of zone 4 attack in volleyball. Percep Motor Skills 2017;124(3):621-633.

Costa GDCT, Ceccato JS, Oliveira AS, Evangelista BFB, Castro HO, Ugrinowitsch H. Men’s volleyball hight level: association between game actions on the side-out. J Phys Educ 2016;27(1):e-2755.

Silva M, Marcelino R, Lacerda D, João P. Match analysis in volleyball: a systematic review. Monten J Sports Sci Med 2016;5(1):35-46.

Afonso J, Mesquita I, Marcelino R, Silva J. Analysis of the setter’s tactical action in high performance women’s volleyball. Kinesiology 2010;42(1):82-89.

Costa G, Mesquita I, Greco PJ, Ferreira N, Moraes JC. Relação saque, recepção e ataque no voleibol juvenil masculino. Motriz: Rev Ed Fis 2010;17(1):11-18.

García-de-Alcaraz A, Marcelino R. Influence of match quality on men’s volleyball performance at different competition levels. Int J Perform Anal Sport 2017; 17(4):394-405

Paulo A, Davids K, Araújo D. Co-adaptation of ball reception to the serveconstrains outcomes in elite competitive volleyball. Int J Sports Sci Coach 2017;13(2):253-261.

Ramos A, Coutinho P, Silva P, Davids K, Guimarães E, Mesquita I. Entropy measures reveal collective tactical behaviours in volleyball teams: how variability and regularity in game actions influence competitive rankings and match status. Int J Perform Anal Sport 2017;17(6):848-862.

Maia N, Mesquita I. Estudo das zonas e eficácia da recepção em função do jogador recebedor no voleibol sênior feminino. Rev Bras Educ Fís Esporte 2006;20(4):257-270.

Costa G, Ferreira N, Junqueira G, Afonso J, Mesquita I. Determinants of attack tactics in youth male elite volleyball. Int J Perform Anal Sport 2011;11(1):96-104.

Marcelino R, Mesquita I, Sampaio J. Effects of quality of opposition and match status on technical and tactical performances in elite volleyball. J Sports Sci 2011;29(7):733-741.

Tabachnick B, Fidell L. Using multivariate statistics. 6th ed. Boston: Allyn & Bacon; 2013.

Fleiss J. Statistical methods for rates and proportions. 3rd ed. Wiley-Interscience; 2003.

Palao JM, Santos JÁ, Ureña A. Effect of the manner of spike execution on spike performance in volleyball. Int J Perform Anal Sport 2007;7(2):126-138.

Ramos A, Coutinho P, Silva P, Davids K, Mesquita I. How players exploit variability and regularity of game actions in female volleyball teams. Eur J Sport Sci 2017;17(4):473-481.

Stutzig N, Zimmermann B, Busch D, Siebert T. Analysis of game variables to predict scoring and performance levels in elite men’s volleyball. Int J Perform Anal Sport 2015;15(3):816-829.

Costa GDCT, Freire A. Voleibol feminino de alto nível: análise do ataque na Superliga Feminina. Rev Bras Educ Fís Esporte 2017;31(2):365-372.

Silva M, Sattler T, Lacerda D, João PV. Match analysis according to the performance of team rotations in Volleyball. Int J Perform Anal Sport 2016;16(3):10761086.

Confederação Brasileira de Voleibol. Estatísticas por atletas – Superliga 2015-2016. Disponível em: http://superliga.cbv.com.br/15-16/index.php/2014-10-24-18-2403/estatisticas-por-atletas [04 Abr, 2019].

Downloads

Publicado

2019-12-31

Edição

Seção

Artigos Originais