A influência da ocupação profissional na flexibilidade global e nas amplitudes angulares dos membros inferiores e da lombar

Autores

  • Isabel Camargo neves Sacco Universidade de São Paulo
  • Sandra Aliberti Universidade de São Paulo
  • Bergson Weber Cabral Queiroz Universidade de São Paulo
  • Denise Pripas
  • Isadora Kieling
  • Aline Aiako Kimura
  • Adriana Sellmer
  • Renan Malvestio
  • Marcel Sera

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2009v11n1p51

Resumo

O desenvolvimento tecnológico no ambiente de trabalho gerou um aumento no tempo em que os indivíduos permanecem sentados enquanto trabalham em escritórios. Isto pode estar influenciando negativamente capacidades físicas inatas como a flexibilidade da cadeia posterior do corpo, porém poucos são os estudos que avaliaram a influência do trabalho nesta capacidade física. Esta avaliação pode contribuir para intervenção precoce e paralela à atividade ocupacional, prevenindo disfunções musculoesqueléticas. O objetivo foi verificar se a atividade profissional determina alguma modificação na flexibilidade global da cadeia posterior na postura de flexão do tronco e analisar os segmentos corporais contribuidores desta modificação. Participaram do estudo 24 mulheres saudáveis e sedentárias, entre 18 e 55 anos, que trabalhavam em manutenção (n=13) e em escritório (n=11). Foram avaliados o teste do terceiro dedo ao solo (fita métrica) e os ângulos articulares tíbio-társico, do joelho, do quadril, da lombar e a técnica de Chaffin Modificada por meio da fotogrametria (software SAPo) na postura de flexão do tronco. Os grupos foram comparados por meio de teste t (?=5%). Mulheres que trabalham em escritório mostraram maiores distâncias do terceiro dedo ao solo (p=0,0518) e técnica de Chaffin Modificada significativamente menor. (p=0,0134), enquanto os ângulos tíbio-tarsico e do quadril mostraram valores marginalmente maiores nestas mulheres (p=0,0609 e p= 0,0713, respectivamente). Mulheres que trabalham predominantemente na posição sentada apresentam menor flexibilidade global da cadeia posterior quando comparadas com as que realizam um trabalho que exige flexão cíclica do tronco. Sugere-se que os ângulos tíbio-tarsico e quadril, em conjunto, são os segmentos corporais que contribuem para esta menor flexibilidade.

Biografia do Autor

Isabel Camargo neves Sacco, Universidade de São Paulo

Profa. Dra. do Depto. de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Sandra Aliberti, Universidade de São Paulo

Aluna de Mestrado no programa de Ciências da Reabilitação Depto. de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Bergson Weber Cabral Queiroz, Universidade de São Paulo

Aluno de Mestrado no programa de Ciências da Reabilitação Depto. de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Denise Pripas

Aluna de Graduação no Depto. de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Isadora Kieling

Aluna de Graduação no Depto. de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Aline Aiako Kimura

Aluna de Graduação no Depto. de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Adriana Sellmer

Aluna de Graduação no Depto. de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Renan Malvestio

Aluno de Graduação no Depto. de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Marcel Sera

Aluno de Graduação no Depto. de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

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Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais