Programações linear e ondulatória do treinamento de força induzem a mesmos resultados na aptidão física em mulheres idosas
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-0037.2023v25e77528Palavras-chave:
Envelhecimento, Exercício físico, Força MuscularResumo
O objetivo do presente estudo foi analisar o efeito de dois tipos diferentes de programação do treinamento de força (linear e ondulatório diário) na força submáxima e na capacidade funcional de mulheres idosas. Vinte e duas participantes (64 ± 3 anos) foram randomizados em 2 grupos experimentais: programação linear (PL; n=12) e programação ondulatória diária (POD; n=10). A capacidade funcional e a força submáxima (10RM) foram avaliadas antes e depois das 12 semanas de treinamento de força. Os resultados demonstraram melhora da força submáxima e da capacidade funcional após o período de treinamento (p ≤ 0,05), exceto para o exercício supino (p = 0,30), para ambos os grupos POD e PL. Foi encontrado um tamanho de efeito grande para a POD nos testes de sentar e caminhar = -2,07 e teste de sentar e levantar = 4,69, bem como na PL para o exercício leg press horizontal = 2,35. Não foi observada diferença estatística entre os modelos de programação. As programações LP e DUP têm resultados semelhantes no aumento da força muscular submáxima em mulheres idosas inexperientes em TR após 12 semanas de intervenção (p ≤ 0,05). No entanto, o DUP parece ser mais eficaz para aumentar a capacidade funcional. Na prática, o profissional pode usar tanto o LP quanto o DUP para melhorar o nível de condicionamento físico nos estágios iniciais do treinamento nessa população. Porém, quando o objetivo da programação é aumentar a capacidade funcional, o DUP pode ser priorizado.
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