Barreiras para a prática de atividade física e fatores associados em pacientes com hipertensão arterial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2024v26e87957

Palavras-chave:

Exercício, Doenças cardiovasculares, Doenças crônicas

Resumo

A identificação de barreiras à atividade física regular (AF) é uma forma de estratégia inicial e eficaz para encorajar a modificação do comportamento e a adesão a um estilo de vida mais ativo em pacientes hipertensivos. Este estudo transversal visou identificar as barreiras à prática de AF em pacientes com hipertensão classificados como fisicamente inativos e analisar a associação do número destas barreiras com fatores sociodemográficos e indicadores de saúde. Duzentos e um pacientes hipertensos de ambos os sexos (61.7±12.7 anos) responderam a uma anamnese com informações de saúde e dados sociodemográficos, um questionário de nível de AF, e um questionário de barreira para a prática de AF. Relativamente ao nível de AF dos participantes, 48,8% foram classificados como fisicamente inativos e reportaram, em média, 6,1 (±3,8) barreiras à prática de AF, sendo a barreira "medo de cair ou de se magoar" a mais frequentemente reportada. Além disso, mulheres e pacientes com baixa educação, percepção negativa da saúde, e uma maior presença de comorbidades reportaram um maior número de barreiras à prática de AF. A prática de AF como ferramenta não farmacológica para o tratamento da hipertensão deve ter como foco mulheres e pacientes com baixa escolaridade, percepção negativa de saúde e maior presença de comorbidades associadas.

Referências

World Health Organization. Global report on hypertension: the race against a silent killer. 2014:1-280. Available at: https://www.who.int/publications/i/item/9789240081062 [accessed 19 January 2024]

Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa A, et al. Diretrizes brasileiras de hipertensão arterial - 2020. Arq Bras Cardiol. 2020;116:516-658.

Whelton PK, Carey RM, Aronow WS, Casey DE, Collins KJ, Himmelfarb, CD, et al. Guideline for the Prevention, Detection, Evaluation, and Management of High Blood Pressure in Adults: Executive Summary. J Am Coll Cardiol. 2018;71(19):2199-269.

Pescatello LS, MacDonald HV, Lamberti L, Johnson, BT. Exercise for Hypertension: A Prescription Update Integrating Existing Recommendations with Emerging Research. Curr Hypertens. 2015;17(11):1-10.

MacDonald HV, Johnson BT, Huedo‐Medina TB, Livingston J, Forsyth KC, Kraemer WJ, et al. Dynamic Resistance Training as Stand‐Alone Antihypertensive Lifestyle Therapy: A Meta‐Analysis. Am Heart J. 2016;5(10):1-15.

Bunn PS, Lima NS, Venturini GRO, Silva EB. The chronic effects of muscle-resistance training in arterial pressure of hypertensive older adults: a meta-analysis. Fisioter Mov. 2019; 32:1-13.

Uzun S, Kara B, Yokuşoğlu M, Arslan F, Yilmaz MB, Karaeren H. The assessment of adherence of hypertensive individuals to treatment and lifestyle change recommendations. Anadolu Kardiyol Derg. 2009;9:102-9.

Murta IGP, Agostini DFB, Lucinda F. Avaliação das barreiras à prática de atividade física em pacientes com doenças crônicas não transmissíveis. Rev Med Minas Gerais. 2018;28:12-18.

Sallis JF.; Owen N. Physical activity and behavior medicine. California: Sage publications; 1999.

Guedes MVC, Araujo TL, Lopes MVO, Silva LF, Freitas MCF, Almeida PC. Barreiras ao tratamento da hipertensão arterial. Rev Bras Enferm. 2011;64(6):1038–42.

Pinheiro KC, Silva DAS, Petroski ED. Barreiras percebidas para prática de musculação em adultos desistentes da modalidade. Rev Bras Ativ Fis Saúde. 2010;15(3):157-162.

Boscatto EC, Duarte MDFS, Gomes MDA. Estágios de mudança de comportamento e barreiras para a atividade física em obesos mórbidos. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2011;13(5):329-34.

Matsudo S, Araujo T, Matsudo V, Andrade D, Andrade E, Oliveira LC, et al. Questionario Internacional de Atividade Física (IPAQ): Estudo de Validade e Reprodutibilidade no Brasil. Rev Bras Ativ Fis Saúde. 2001;6(2):5-18.

Adeniyi AF, Idowu OA, Ogwumike OO, Adeniyi CY. Comparative influence of self-efficacy, social support and perceived barriers on low physical activity development in patients with type 2 diabetes, hypertension or stroke. Ethiop J Health Sci. 2012;22(2):113-19.

Satariano WA, Haight TJ, Tager IB. Reasons Given by Older People for Limitation or Avoidance of Leisure Time Physical Activity. J Am Geriatr Soc. 2000;48(5):505-12.

Gebrezgi MT, Trepka MJ, Kidane EA. Barriers to and facilitators of hypertension management in Asmara, Eritrea: patients’ perspectives. J Health Popul Nutr. 2017;36(1):1-7.

Batista LC, Assis CS, Wolosker N, Zerati AE, Silva RSG. Association between fatigue and functional capacity in patients with intermittent claudication. Rev Bras Enferm. 2015;68(5):937-44.

Rech CR, Camargo EM, Araujo PAB, Loch MR, Reis RS. Perceived barriers to leisure-time physical activity in the brazilian population. Rev Bras Med Esporte. 2018;24(4):303-9.

Silva CRM, Bezerra J, Soares FC, Mota J, Barros MVG, Tassitano RM. Percepção de barreiras e facilitadores dos usuários para participação em programas de promoção da atividade física. Cad Saúde Pública. 2020;36(4):1-12.

Krug RR, Lopes MA, Mazo GZ. Barriers and facilitators for the practice of physical activity in old and physically inactive women. Rev Bras Med Esporte. 2015;21(1):57-64.

Cavalcante BR, Farah BQ, Barbosa JPA, Cucato GG, Chehuen MR, Santana FS, et al. Are the Barriers for Physical Activity Practice Equal for All Peripheral Artery Disease Patients? Arch Phys Med Rehab. 2015;96(2):248–52.

Boing AF, Subramanian S, Boing AC. Association between area-level education and the co-occurrence of behavior-related risk factors: a multilevel analysis. Rev Bras Epidemiol. 2019;22:1-13.

Rogerson MC, Murphy BM, Bird S, Morris T. “I don’t have the heart”: a qualitative study of barriers to and facilitators of physical activity for people with coronary heart disease and depressive symptoms. Int J Behav Nutr Phy. 2012;9(1):1-9.

Forechi L, Mill JG, Griep RH, Santos I, Pitanga F, Molina MDCB. Adherence to physical activity in adults with chronic diseases: ELSA-Brasil. Rev Saúde Públ. 2018;52(31):1-12.

Coelho CF, Burini RC. Atividade física para prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis e da incapacidade funcional. Rev Nutr. 2009;22(6):937-46.

Gee ME, Bienek A, Campbell NRC, Bancej, CM, Robitaille C, Kaczorowski J, et al. Prevalence of, and Barriers to, Preventive Lifestyle Behaviors in Hypertension (from a National Survey of Canadians With Hypertension). Am J Cardiol. 2012;109(4):570-5.

Turi BC, Codogno JS, Fernandes RA, Monteiro H. L. Associação entre doenças crônicas em adultos e redução dos níveis de atividade física. Medicina (Ribeirao Preto Online). 2011;44(4):389-95.

Brawner CA, Churilla JR, Keteyian SJ. Prevalence of Physical Activity Is Lower among Individuals with Chronic Disease. Med Sci Sports Exerc. 2016;48(6):1062–7.

Downloads

Publicado

2024-11-14