O tamanho da pinça pode afetar a medida de espessura das dobras cutâneas e interferir na estimativa e classificação da adiposidade corporal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2023v25e90282

Palavras-chave:

Antropometria, Composição corporal, Adiposidade

Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar o efeito do tamanho da pinça na medida de espessura das dobras cutâneas e a consequente interferência na estimativa e classificação dos componentes da adiposidade corporal. Estudo transversal e quantitativo realizado com amostra de 29 sujeitos recrutados em uma universidade da cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil. Quatro etapas de medição foram realizadas em cada sítio das oito dobras cutâneas escolhidas. A primeira etapa foi realizada com um marco subjetivo e as três etapas subsequentes com marcos fixos definidos com uma linha secundária expansiva em intervalos de 2 cm. Os componentes da adiposidade corporal foram determinados a partir da espessura de dobras cutâneas mensuradas em cada marco. ANOVA de medidas repetidas e análise de concordância de Bland-Altman foram aplicadas. O marco subjetivo foi escolhido como variável dependente. O marco de 6 cm apresentou semelhança e concordância estatística com o marco subjetivo para todas as dobras cutâneas, exceto a coxa, e com as somas de cinco e oito espessuras de dobras cutâneas. Todos os marcos fixos mostraram concordância abaixo do ponto de corte para a classificação percentílica de adiposidade subcutânea e gordura corporal relativa normativa. A variação no tamanho da pinça é uma importante fonte de ETM que pode afetar a reprodutibilidade de medida de espessura das dobras cutâneas e interferir na confiabilidade da estimativa e classificação do componente molecular e tecidual da adiposidade corporal.

Biografia do Autor

Joaquim Huaina Cintra-Andrade, Universidade Estadual do Ceará

Cineantropometria e Treinamento Esportivo

Referências

Kasper AM, Langan-Evans C, Hudson JF, Brownlee TE, Harper LD, Naughton RJ, et al. Come back skinfolds, all is forgiven: a narrative review of the efficacy of common body composition methods in applied sports practice. Nutrients. 2021;13(4):1075. https://doi.org/10.3390/nu13041075

Ripka WL, Cintra-Andrade JH, Ulbricht L. A century of skinfolds for body composition estimation: what we learned? Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2022;24:e85412. http://doi.org/10.1590/1980-0037.2022v24e85412

Martin AD, Drinkwater DT, Clarys JP, Daniel M, Ross WD. Effects of skin thickness and skinfold compressibility on skinfold thickness measurement. Am J Hum Biol. 1992;4(4):453–460. https://doi.org/10.1002/ajhb.1310040404

Ruiz L, Colly JRT, Hamilton PJS. Measurement of triceps skinfold thickness: an investigation of sources of variation. Br J Prev Soc Med. 1971;25:165–167. https://doi.org/10.1136/jech.25.3.165

Hume P, Marfell-Jones M. The importance of accurate site location for skinfold measurement. J Sports Sci. 2008;26(12):1333–1340. https://doi.org/10.1080/02640410802165707

Esparza-Ros F, Vaquero-Cristóbal R, Marfell-Jones MJ. International standards for anthropometric assessment. Murcia: International Society for the Advancement of Kinanthropometry (ISAK); 2019.

Norton K, Whittingham N, Carter L, Kerr D, Gore C, Marfell-Jones M. Measurement techniques in anthropometry. In: Norton K, Olds T. Anthropometrica: a textbook of body measurement for sports and health courses. Sydney: UNSW Press; 1996. p. 57-59.

Brozek J, Keys A. The evaluation of leanness-fatness in man: norms and interrelationships. Br J Nutr. 1951;5(2):194–206. https://doi.org/10.1079/bjn19510025

Harrison GG, Buskirk ER, Carter JEL, Johnston FE, Lohman TG, Pollock ML, et al. Skinfold thicknesses and measurement technique. In: Lohman TG, Roche AF, Martorell R, editors. Anthropometric standardization reference manual. Illinois: Human Kinetics Publishers; 1988. p. 56.

Ross WD, Marfell-Jones MJ. Kinanthropometry. In: MacDougall JD, Wenger HA, Green HJ, editors. Physiological testing of the elite athlete. Illinois: Human Kinetics Publishers; 1982. p. 237.

Cameron N, Jones L. History, methods, and general applications of anthropometry in human biology. In: Muehlenbein M, editor. Human Evolutionary Biology. Cambridge: Cambridge University Press; 2010. p. 103.

Andrade JHC, Rodrigues BC, Uchôa FNM. Adiposidade relativa em adultos: comparação entre duas padronizações de medidas antropométricas. Rev Bras Nutr Esportiva. 2020;13(82):930-938.

Perini TA, Oliveira GL, Ornellas JS, Oliveira FP. Technical error of measurement in anthropometry. Braz J Sports Med. 2005;11(1):81-85. https://doi.org/10.1590/S1517-86922005000100009

Petroski EL. Development and validation of equations for estimating body density in adults. Rev Bras Ativ Fis Saude. 1995;1:89-91.

Siri WE. Body composition from fluid space and density: analysis of method. In: Brozek J, Henschel A, editors. Techniques for measuring body composition. Washington: National Academy of Sciences; 1961. p. 233.

Lohman TG. Advances in body composition assessment. Illinois: Human Kinetics Publishers; 1992.

Costa RF. Composição corporal: teoria e prática da avaliação. Barueri: Manole; 2001. p. 113-17.

Ludbrook J. Statistical techniques for comparing measurers and methods of measurement: a critical review. Clin Exp Pharmacol Physiol. 2002;29(7):527–536. https://doi.org/10.1046/j.1440-1681.2002.03686.x

Silva VS, Vieira MFS. International Society for the Advancement of Kinanthropometry (ISAK) global: international accreditation scheme of the competent anthropometrist. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2020;22:e70517. https://doi.org/10.1590/1980-0037.2020v22e70517

Krämer HJ, Ulmer HV. Two-second standardization of the Harpenden caliper. Eur J Appl Physiol Occup Physiol. 1981;46(1):103–104. https://doi.org/10.1007/BF00422182

Schmidt PK, Carter JE. Static and dynamic differences among five types of skinfold calipers. Hum Biol. 1990;62(3):369–388.

Pastuszak A, Gajewski J, Buśko K. The impact of skinfolds measurement on somatotype determination in Heath-Carter method. PLoS One. 2019;14(9):e0222100. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0222100

Burkinshaw L, Jones PRM, Krupowicz DW. Observer error in skinfold thickness measurements. Hum Biol. 1973;45(2):273–279.

Holmstrup ME, Verba SD, Lynn JS. Developing best practices teaching procedures for skinfold assessment: observational examination using the Think Aloud method. Adv Physiol Educ. 2015;39(4):283–287. https://doi.org/10.1152/advan.00044.2015

Stewart A, Marfell-Jones M, Olds T, Ridder H. International standards for anthropometric assessment. Lower Hutt: International Society for the Advancement of Kinanthropometry (ISAK); 2011. p. 60.

Edwards DA, Hammond WH, Healy MJ, Tanner JM, Whitehouse RH. Design and accuracy of calipers for measuring subcutaneous tissue thickness. Br J Nutr. 1955;9(2):133–143. https://doi.org/10.1079/bjn19550021

Downloads

Publicado

2024-03-01