Percepção dos médicos oncologistas sobre a prática de atividade física por pacientes infantojuvenis durante o tratamento oncológico
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-0037.2024v26e92415Palavras-chave:
Atividade Física, Oncologia, PediatriaResumo
Atualmente, são inquestionáveis as evidências sobre a efetividade do exercício físico como complemento do tratamento oncológico. Estudos apontam que o papel persuasivo do oncologista contribui significativamente para a adesão à prática de atividade física (AF) pelo paciente. Entretanto, com relação à oncologia infantojuvenil, assim como a atuação do profissional de educação física (PEF) junto da equipe multidisciplinar, ainda são necessários mais estudos. O objetivo deste trabalho é conhecer o posicionamento dos médicos oncologistas em relação à presença e relevância do PEF como integrante da equipe multidisciplinar no tratamento oncológico infantojuvenil. Participaram desta pesquisa todos os médicos oncologistas (n=7), pertencentes ao quadro clínico de um hospital Público de Florianópolis/SC. Através de um questionário Online, os profissionais responderam 21 perguntas sobre seu posicionamento acerca da importância da AF e do PEF durante o tratamento oncológico. Foi realizada a análise de frequência das respostas do questionário. No total, 100% dos médicos (n=7) relataram não haver a participação do PEF na sua equipe. Entretanto, 100% (n=7) dos médicos responderam que consideram a atuação do PEF relevante. Em relação à importância da implementação de um programa de AF (remoto ou presencial) no ambiente hospitalar, para os pacientes em tratamento, 100% (n=7) dos médicos classificaram esta implementação como muito relevante. Apesar dos benefícios da AF e do exercício físico estarem consolidados na literatura como eficazes no auxílio do tratamento oncológico de pacientes infantojuvenis, o espaço para atuação do PEF juntamente com a equipe multidisciplinar ainda não existe, embora esta tenha sido considerada relevante pela equipe médica.
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