Sob o véu da intervenção: discursos de gênero na guerra do Afeganistão

Autores

  • Ana Clara Telles Cavalcante de Souza Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.1590/%25x

Resumo

Na esteira dos atentados de 11 de setembro de 2001, a sociedade estadunidense viu emergir uma série de discursos de gênero que construiu a Guerra do Afeganistão como uma intervenção militar de “libertação” das mulheres afegãs. Avançando uma leitura crítica sobre a agenda internacional de Mulheres, Paz e Segurança, argumentamos que justificativas de gênero à Guerra no Afeganistão foram tornadas possíveis pela forma como a comunidade internacional lida politicamente com a interseção entre gênero e segurança em intervenções militares e missões de paz, invisibilizando o modo como ideais hegemônicos de masculinidade(s) subjazem à própria lógica norteadora das intervenções militares. Dessa forma, o processo de generização da ‘guerra ao terror’ foi tornado possível pelo avanço de entendimentos específicos sobre as mulheres e gênero dentro de uma agenda internacional de gender mainstreaming – e que tem como consequência última a despolitização do debate sobre gênero em segurança internacional.

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Biografia do Autor

Ana Clara Telles Cavalcante de Souza, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Doutoranda do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio. Bolsista de doutorado do Conselho de Desenvolvimento Científico de Tecnológico (CNPq).

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Publicado

2017-10-23

Como Citar

Souza, A. C. T. C. de. (2017). Sob o véu da intervenção: discursos de gênero na guerra do Afeganistão. Revista Estudos Feministas, 25(3), 1297–1312. https://doi.org/10.1590/%x

Edição

Seção

Artigos