Fetos anencefálicos e embriões para pesquisa: sujeitos de direitos?

Autores

  • Naara Luna Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-026X2009000200002

Resumo

O artigo analisa a emergência de sujeitos sociais em seres antes embutidos na figura materna, depois definidos e circunscritos pela biomedicina: os embriões extracorporais formados por fertilização in vitro e os fetos anencefálicos. Os embriões estiveram no centro de controvérsia nos debates para a aprovação da Lei de Biossegurança, que autorizou o seu uso em pesquisa. Já os fetos anencefálicos foram objeto do debate quanto à possibilidade de ampliação dos permissivos para o aborto. Analisando notícias da grande imprensa, principalmente em levantamento sistemático do jornal O Globo, entre 2000 e 2005, o objetivo é retratar os argumentos que integraram esses debates. Os argumentos que justificam ou recusam o uso de embriões para pesquisa e a antecipação de parto de anencéfalo coincidem em vários pontos porque são tributários da mesma configuração de valores e se fundamentam na figura de pessoa: o indivíduo como valor segundo Dumont.

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Publicado

2009-01-01

Como Citar

Luna, N. (2009). Fetos anencefálicos e embriões para pesquisa: sujeitos de direitos?. Revista Estudos Feministas, 17(2), 307. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2009000200002

Edição

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