Becoming Black Woman: Self-writing in an Intersectional Place

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n354025

Abstract

The article seeks to understand how the identity subjectivation process produced by
contemporary Black women who tell their life experiences in the blog Blogueiras Negras articulates and which are its effects. For the study, autobiographic narratives published in this intersectional place were selected. The analysis starts from some reading keys provided by Michel Foucault and other authors that join the post-structuralist thought. The movement of becoming Black women shows subjection and subjectivation processes that happen through an ethical and political self-work. As from the identification with the Blackness and with the Black Feminism, the writers establish other ways of relation with themselves and with others (Black women/men and White women/men), which have been producing new outlines to Brazilian ethnic-racial relations.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Viviane Inês Weschenfelder, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Doutoranda em Educação pela Unisinos, com doutorado sanduíche pela University of Wisconsin-Madison.

Elí Terezinha Henn Fabris, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Professora e coordenadora do Programa de Pós-graduação em Educação da Unisinos. Bolsista Produtividade do CNPQ.

References

BAUMAN, Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Tradução de Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

BERGER, Roni. “Now I see it, now I don’t: researcher’s position and reflexivity in qualitative research”. Qualitative Research, v. 15, n. 2, p. 210-234, 2015.

BRAH, Avtar; PHOENIX, Ann. “Ain’t I a Woman? Revisiting Intersectionality”. In: TAYLOR, Edward; GILBORNE, David; LADSON-BILLINGS, Gloria (Eds.). Foundations of critical race theory in education. 2.ed. New York: Routledge, 2015. p. 251-259.

BUTLER, Judith. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. Tradução de Rogério Bettoni. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

CARNEIRO, Sueli. “Mulheres em movimento”. Estudos Avançados, v. 17, n. 49, p. 117-132, 2003.

COLLINS, Patricia Hill. “The social construction of black feminist thought”. In: MALSON, Micheline R. et al. Black women in America: social science perspectives. Chicago: The University of Chicago Press, 1990. p. 297-325.

COLLINS, Patricia Hill. Black feminist thought: knowledge, consciousness, and the politics of empowerment. 2.ed. New York: Taylor & Francis e-Library, 2002.

COURTNEY, Nadine Jolie. “Which Sorority Was Actually the First?”. Town&Country, 18/05/2017. Disponível em: https://www.townandcountrymag.com/society/tradition/a9660538/first-oldest-collegesorority/. Acesso em 07/09/2017.

CRENSHAW, Kimberlé. “A interseccionalidade na discriminação de raça e gênero”. Painel 1 – Cruzamento: raça e gênero, p. 7-16, 2002. Disponível em: http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/09/Kimberle-Crenshaw.pdf. Acesso em 04/03/2016.

DJOKIK, Aline. “A história da minha negritude”. Blogueiras Negras, 05/08/2014. Disponível em: http://blogueirasnegras.org/2014/08/05/a-historia-da-minha-negritude/. Acesso em 28/07/2017.

DOMINGUES, Petrônio. “Movimento da negritude: uma breve reconstrução histórica”. Mediações, Londrina, v. 10, n. 1, p. 25-40, jan./jun. 2005.

DOMINGUES, Petrônio. “Movimento Negro Brasileiro: alguns apontamentos históricos”. Tempo, n. 23, p. 100-122, 2007.

DURON, Alika. “Por que Beyoncé pode alisar e aloirar e eu não?”. Blogueiras Negras, 12/08/2016. Disponível em: http://blogueirasnegras.org/2016/08/12/por-que-beyonce-pode-alisar-e-aloirar-eeu-nao/. Acesso em 20/08/2017.

EVARISTO, Conceição. “Gênero e etnia: uma escre(vivência) de dupla face”. In: MOREIRA, Nadilza Martins de Barros; SCHNEIDER, Liane (Orgs.). Mulheres no mundo: etnia, marginalidade e diáspora. João Pessoa: Ideia, 2005.

EVARISTO, Conceição. “Da grafia-desenho de minha mãe um dos lugares de nascimento de minha escrita”. In: ALEXANDRE, Marcos Antônio (Org.). Representações Performáticas Brasileiras: teorias, práticas e suas interfaces. Belo Horizonte: Mazza, 2007. p 16-21. Disponível em http:// nossaescrevivencia.blogspot.com/2012/08/da-grafia-desenho-de-minha-mae-um-dos.html. Acesso em 02/09/2017.

FONSECA, Claudia. “Que ética? Que ciência? Que sociedade?”. In: FLEISCHER, Soraya; SCHUCH, Patrice (Orgs.). Ética e regulamentação na pesquisa antropológica. Brasília: Letras Livres; Editora da Universidade de Brasília, 2010. p. 39-70.

FOUCAULT, Michel. “Est-ildoncimportant de penser? Entrevista com Didier Eribon”. In: FOUCAULT, Michel. Dits et écrits. v. IV. Paris: Gallimard, 1994. p. 178-182.

FOUCAULT, Michel. “Escrita de si”. In: FOUCAULT, Michel. Ditos & Escritos V: Ética, sexualidade, política. Tradução de Elisa Monteiro e lnés Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004a. p. 144-162.

FOUCAULT, Michel. “Michel Foucault, uma entrevista: sexo, poder e a política da identidade”. Verve, n. 5, p. 260-277, 2004b.

FOUCAULT, Michel. “A ética do cuidado de si como prática da liberdade”. In: FOUCAULT, Michel. Sexo, poder e indivíduo. 2.ed. Ilha do Desterro: Nefelibata, 2005. p. 59-94.

FOUCAULT, Michel. “A ‘Governamentalidade’”. In: FOUCAULT, Michel. Ditos & Escritos IV: Estratégia, poder-saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006. p. 281-305.

FOUCAULT, Michel. “As técnicas de si”. In: FOUCAULT, Michel. Ditos & Escritos IX: Genealogia da ética, subjetividade e sexualidade. Tradução de Abner Chiquieri. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014a. p. 264-296.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 2: o uso dos prazeres. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque. São Paulo: Paz & Terra, 2014b.

FOUCAULT, Michel. A hermenêutica do sujeito: curso dado no Collège de France (1981-1982). Tradução de Márcio Alves da Fonseca e Salma Tannus Muchail. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014c.

GADEA, Carlos A. Negritude e pós-africanidade: crítica das relações raciais contemporâneas. Porto Alegre: Sulina, 2013.

GALLO, Silvio. “Governamentalidade democrática e ensino de filosofia no Brasil contemporâneo”. Cadernos de Pesquisa, v. 42, n. 145, p. 48-65, jan./abr. 2012.

GONZALEZ, Lélia. “Por um feminismo Afro-Latino-Americano”. Caderno de Formação Política do Círculo Palmarino, n. 1, p. 12-20, 2011. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/271077/mod_resource/content/1/Por%20um%20feminismo%20Afro-latino-americano.pdf. Acesso em 15/10/2017.

HALL, Stuart. “Quem precisa de identidade?”. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000.

JOHNSON, E. Patrick. Appropriating blackness: performance and politics of authenticity. Durham: Duke University, 2003.

MAIA, Karoline. “A negra entre eles”. Blogueiras Negras, 27/01/2016. Disponível em: http://blogueirasnegras.org/2016/01/27/a-negra-entre-eles/. Acesso em 12/08/2017.

MARCONDES, Mariana Mazzini et al. (Orgs.). Dossiê mulheres negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil. Brasília: IPEA, 2013.

MARQUES, Neiriele. “Amor e luta: a mulher negra que sempre fui e não sabia”. Blogueiras Negras, 30/06/2014. Disponível em: http://blogueirasnegras.org/2014/06/30/amor-e-luta-a-mulher-negraque-sempre-fui-e-nao-sabia/. Acesso em 20/08/2017.

MARQUES, Shirlene. “Nasci negra”. Blogueiras Negras, 19/06/2014. Disponível em: http://blogueirasnegras.org/2014/06/19/nasci-negra/. Acesso em 05/09/2017.

McLAREN, Margaret A. Feminism, Foucault, and embodied subjectivity. New York: State University of New York Press, 2002.

NEPOMUCENO, Bebel. “Mulheres negras: protagonismo ignorado”. In: PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO, Joana Maria (Orgs.). Nova história das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2013. p.382-409.

OLIVEIRA, Eliane. “O que aprendi com meu feminismo tardio”. Blogueiras Negras, 11/09/2015. Disponível em http://blogueirasnegras.org/2015/09/11/o-que-aprendi-com-meu-feminismo-tardio/. Acesso em 20/08/2017.

OLIVEIRA, Luma de Lima. “Caminhos de resistência: reconhecer-se negra”. Blogueiras Negras, 16/04/2014. Disponível em http://blogueirasnegras.org/2014/04/16/caminhos-de-resistenciareconhecer-se-negra/. Acesso em 05/08/2017.

ONU. 2015-2024 – Década Internacional de Afrodescendentes. Disponível em http://decada-afroonu.org/. Acesso em 07 set. 2017.

PIRES, Gabriela. “Fragmentos: descobrir-se negra”. Blogueiras Negras, 14/01/2014. Disponível em http://blogueirasnegras.org/2014/01/14/fragmentos-descobrir-se-negra/. Acesso em 10/08/2017.

RAGO, Margareth. A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas: EDUNICAMP, 2013.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento; Justificando, 2017. (Feminismos Plurais)

ROCHA, Melina de Souza. “Sobre empoderamento e moradia”. Blogueiras Negras, 09/09/2015. Disponível em: http://blogueirasnegras.org/2015/09/09/sobre-empoderamento-e-moradia/. Acesso em: 02/08/2017.

ROSE, Nikolas. Inventando nossos selfs: Psicologia, poder e subjetividade. Petrópolis: Vozes, 2011.

SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro: as vicissitudes da complexidade do negro brasileiro em ascensão social. 2.ed. Rio de Janeiro: Graal, 1983.

TRAVERSINI, Clarice S.; BELLO, Samuel E. L. “O Numerável, o Mensurável e o Auditável: a estatística como tecnologia para governar”. Educação e Realidade, v. 34, n. 2, p. 135-152, maio/ago. 2009.

VEIGA-NETO, Alfredo. “Coisas do governo...”. In: RAGO, Margareth; ORLANDI, Luiz B. L.; VEIGA-NETO, Alfredo (Orgs.). Imagens de Foucault e Deleuze: ressonâncias nietzschianas. Rio de Janeiro: DP&A,2002. p. 13-34.

VEIGA-NETO, Alfredo; LOPES, Maura C. “Para pensar de outros modos a modernidade pedagógica”. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, v. 12, n. 1, p. 147-166, jul./dez. 2010.

Published

2019-12-20

How to Cite

Weschenfelder, V. I., & Fabris, E. T. H. (2019). Becoming Black Woman: Self-writing in an Intersectional Place. Revista Estudos Feministas, 27(3). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n354025

Issue

Section

Articles