“Natural” and/or “Humanized” childbirth? A reflection from de the class perspective

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n157704

Abstract

The proposal of “humanization” of childbirth care has gained ground in the last decades in Brazil, having spread mainly in the urban middle strata. However, through its incorporation into the public health system, the proposal was also extended to women from the lower classes. This reality has posed some challenges and has raised questions about the format that “humanized” assistance has assumed in public institutions. Based on the analysis of two specific situations experienced by women of different social classes (one assisted in the public sector and the other in the private sector), the article seeks to reflect on the notions of “natural” childbirth and “humanized” childbirth, pointing out, in each of these contexts, different perceptions about “humanization” and, consequently, also about the perception of what would be its opposite: “obstetric violence”.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Sônia Maria Giacomini, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Departamento de Ciências Sociais

Olívia Nogueira Hirsch, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Departamento de Ciências Sociais

References

AMARAL, Camila Manni Dias. “Aqui a gente é tratada como pessoa, no hospital é como corpo”: motivações e trajetórias de gestantes em uma casa de parto pública no Rio de Janeiro. 2016. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Departamento de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

BOLTANSKI, Luc. As classes sociais e o corpo. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

CARNEIRO, Rosamaria Giatti. Cenas de parto e políticas do corpo: uma etnografia de práticas femininas de parto humanizado. 2011. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Campinas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.

CARNEIRO, Rosamaria Giatti. “De perto e de longe do que seria natural, mais natural e/ou humanizado: uma etnografia de grupos de preparo para o parto”. In: FLEISCHER, Soraya; FERREIRA, Jaqueline (Orgs.). Etnografias em serviços de saúde. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2014. p. 243-266.

CARNEIRO, Rosamaria Giatti. “O peso do corpo negro feminino no mercado da saúde: mulheres, profissionais e feministas em suas perspectivas”. Mediações, Londrina, v. 21, n. 2, p. 394-424, jul./dez. 2017.

CHACHAM, Alessandra Sampaio. “Doctors, Women and Cesareans: The construction of normal birth as risky and the medicalization of birth in Brazil”. In: ANNUAL MEETING OF THE POPULATION ASSOCIATION OF AMERICA, 7, 2004, Boston, Population Association of America. Book of Abstracts, 2004, p. 1-19.

COROSSACZ, Valeria Ribeiro. O corpo da nação: classificação racial e gestão social da reprodução em hospitais da rede pública do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: EDUFRJ, 2009.

DANELUCI, Rebeca de Cássia. Instituições públicas de saúde e mulheres gestantes: (im)possibilidades de escolhas? 2016. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

DIAS, Marcos Augusto Bastos. Humanização da assistência ao parto. Conceitos, lógicas e práticas no cotidiano de uma maternidade pública. 2006. Tese (Doutorado) – Departamento de Ensino e Pós-Graduação em Saúde da Mulher e da Criança, Instituto Fernandes Figueira/FIOCRUZ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DINIZ, Carmen Simone Grilo. “Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento”. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, p. 627-637, jul./set. 2005.

DINIZ, Carmen Simone Grilo; DUARTE, Ana Cristina. Parto normal ou cesárea? O que toda mulher deve saber (e todo homem também). São Paulo: EDUNESP, 2004.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.

HIRSCH, Olívia Nogueira. Parto natural, parto humanizado: perspectivas de mulheres das camadas populares e médias. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2019.

LEAL, Maria do Carmo et al. “Intervenções obstétricas durante trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual”. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 30, Sup. 1, p. S17-S47, jan. 2014.

LE BRETON, David. Antropología del dolor. Barcelona: Editorial Six Barral, 1999.

MARTIN, Emily. A mulher no corpo: uma análise cultural da reprodução. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.

MAUSS, Marcel. “As técnicas corporais”. In: MAUSS, Marcel. Sociologia e Antropologia. São Paulo: EPU/EDUSP, 1974. p. 209-233.

MENDONÇA, Sara Sousa. “Uma análise das denúncias a uma maternidade pública humanizada: dilemas da humanização”. Revista de Ciências Sociais, v. 4, n. 2, p. 217-241, jul./dez. 2014.

NELSON, Margaret K. “Working-class women, middle class women, and models of childbirth”. Social problems, Knoxville, v. 30, n. 3, p. 284-297, feb. 1983.

PULHEZ, Mariana Marques. “Parem a violência obstétrica: a construção das noções de ‘violência’ e ‘vítima’ nas experiências de parto”. RBSE – Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, João Pessoa, v. 12, n. 35, p. 544-564, agosto 2013.

TESSER, Charles Dalcanale et al. “Violência obstétrica e prevenção quaternária: o que é e o que fazer”. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Rio de Janeiro, v. 10, n. 35, p. 01-12, jun. 2015.

TORNQUIST, Carmen Susana. “Paradoxos da humanização em uma maternidade no Brasil”. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 2, p. S419-S427, 2003.

VAN GENNEP, Arnold. Os ritos de passagem. Petrópolis: Vozes, 1978.

Published

2020-06-05

How to Cite

Giacomini, S. M., & Hirsch, O. N. (2020). “Natural” and/or “Humanized” childbirth? A reflection from de the class perspective. Revista Estudos Feministas, 28(1). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n157704

Issue

Section

Articles