“Warrior Motherhood”: Responsibility, Care and Guilt of Young Inmates’ Mothers

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n270109

Abstract

This study aims to cast an anthropological look at “being a mother” on the other side of the prison walls, the visitors' side, that is, the women whose offspring are imprisoned. The perceptions and reflections presented here come from an ethnographic research on young people's mothers involved with “criminality” conducted in the city of Porto Velho - RO, Brazil, between the 2014 and 2016. The study starts from the problematization of the stigma of “criminal” attributed to the young, who is associated with the maternal identity and which evidences a double pressure exerted on the ideas of mother care: guilt and responsibility, both for the acts and for the accompaniment of the imprisoned young. This situation, common with other mothers, favors the formation of a care network, concomitant with the experience of undergoing safety procedures, marked by gender, stigma and violence.

Downloads

Author Biographies

Simone de Oliveira Mestre, Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFMG

Doutoranda em Sociologia pela UFMG, Mestre em Antropologia (2016) pela mesma instituição, graduada em Ciências Sociais (bacharelado e licenciatura) pela Universidade Federal de Rondônia - UNIR (2013). Membro da Associação Brasileira de Antropologia – ABA. Tem experiência na área de Antropologia e Sociologia, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, maternidade, etnografia, cuidado e direitos humanos.

Érica Renata de Souza, Professora Associada do Departamento de Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais

Érica Renata de Souza é Professora Associada do Departamento de Antropologia e Arqueologia (DAA) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas  (UNICAMP, 2005), com doutorado-sanduíche na York University, Toronto, Canadá (2002). Desde 2010 é coordenadora do Grupo de Pesquisa Gênero e Sexualidade (GESEX) junto ao DAA.

References

ARIÈS, Philippe. História Social da Família e da Criança. Rio de Janeiro: LTC, 1975.

BADINTER, Elisabeth. Um Amor Conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993 [1985].

BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo: A experiência Vivida. Difusão Europeia do Livro: São Paulo, 1967.

BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil S/A., 1989.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.

BOWLBY, John. “Uma base segura: implicações clínicas da teoria do apego”. Artes Médicas, Porto Alegre, p. 17-32, 1989.

CHODOROW, Nancy. “Estrutura Familiar e Personalidade Feminina”. In: ROSALDO, Michelle; LAMPHERE, Louise (Orgs.). A mulher, a cultura e a sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 65-94.

DEL PRIORE, Mary. Ao sul do corpo. Condição feminina, maternidade e mentalidades no Brasil colônia. São Paulo: Escuta, 1993.

FONSECA, Cláudia. “Concepções de família e práticas de intervenção: Uma contribuição antropológica”. Saúde e Sociedade, v. 14, p. 50-59, 2005.

FORNA, Aminatta. Mãe de todos os mitos: como a sociedade modela e reprime as mães. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

GUIMARÃES, Nadya; HIRATA, Helena; SUGITA, Kurumi. “Cuidado e Cuidadoras: O Trabalho de care no Brasil, França e Japão”. Sociologia & Antropologia, v. 01, p. 151-180, 2011.

KITZINGER, Sheila. Mães. Um estudo antropológico da maternidade. Lisboa: Ed. Presença, 1978.

LOBO, Andreia. “Um filho para duas mães? Notas sobre a maternidade em Cabo Verde”. Revista de Antropologia, USP, São Paulo, v. 53, n. 01, p. 117-145, 2010.

MOORE, Henrietta. “Compreendendo sexo e gênero”. (mimeo) Do original em inglês: “Understanding sex andgender”. In: INGOLD, Tim (Ed.). Companion Encyclopedia of Anthropology. Londres: Routledge, 1997. p. 813-830.

ORTNER, Sherry. “Está a mulher para o homem assim como a natureza para acultura?”. In: ROSALDO, Michelle; LAMPHERE, Louise (Orgs.). A mulher, a cultura e a sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 95-120.

RICH, Adrienne. Of woman born. Motherhood as experience and institution. 3. ed. London: Virago, 1981.

ROSS, Lynda. “Reading Ursula Bowlby’s Letters (1939-1940): A Chronicle of First Time Motherhood”. Journal of the Motherhood Initiative, v. 5, n. 1, 2014.

SCAVONE, Lucila. “A maternidade e o feminismo: diálogo com as ciências sociais”. Cadernos Pagu, n. 16, p. 137-150, 2001.

SCOTT, Joan. “Gênero: uma categoria útil de análise história”. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, jul./dez. 1995.

SORJ, Bila. “O care como um regime estratificado: implicações de gênero e classe social cuidado e cuidadoras”. In: HIRATA, Helena; GUIMARÃES, Nadya (Orgs.). As várias faces do trabalho da Care. São Paulo: Atlas, 2012.

SOUZA, Érica. Necessidade de filhos: Maternidade, família e (homo)sexualidade. 2005. Doutorado - Universidade de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP, Brasil.

VIANNA, Adriana; FARIAS, Juliana. “A guerra das mães: dor e política em situações de violência institucional”. Cadernos Pagu, n. 37, p. 79-116, 2011.

ZANELLO, Valeska. “Dispositivo materno e processos de subjetivação: desafios para a Psicologia”. In: ZANELLO, Valeska; PORTO, Magde (Orgs.). Aborto e (não) desejo de maternidades: questões para a psicologia. Brasília: Conselho Federal de Psicologia, 2016. p. 103-122.

Published

2021-10-21

How to Cite

Mestre, S. de O., & Souza, Érica R. de. (2021). “Warrior Motherhood”: Responsibility, Care and Guilt of Young Inmates’ Mothers. Revista Estudos Feministas, 29(2). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n270109

Issue

Section

Articles