Military Ethos and Masculinities in Olympic Sports

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n279389

Abstract

The article in question has as its central objective to produce a critical reflection, based on the category of military athletes, about the new processes and forms of sports subjectivity. At the limit, this text intends to indicate approximations and dissonances, tensions and distensions, between the sports and military regimes. To this end, we seek to produce a bibliographical and documentary review, added to some case studies and ethnographic data, starting from the intersectional analysis of three central concepts for this investigation: a) military ethos, b) Olympism and c) masculinity. In this sense, the body of the military athlete is thought of as a point of convergence that helps to understand the process of subjectivation endogenous both to military circles and sports practices, as well as possible fractures in the building of contemporary hegemonic masculinity.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Diego Wander Thomaz, UFSCar

Mestre em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de São Carlos e membro do Laboratório de Estudos das Práticas Lúdicas e Sociabilidade (LELuS/UFSCar).

Dionys Melo dos Santos, UFSCar

Doutorando e bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (PPGS-UFSCar). Mestre em Sociologia e Bacharel em Ciências Sociais pela mesma instituição. Autor do livro O desejo pelas travestis brasileiras: do Cinema da Boca do Lixo à pornografia digital” (Ape’Ku, 2021).

Luiz Henrique de Toledo, UFSCar

Antropólogo, professor titular no Departamento de Ciências Sociais e pesquisador no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Entre suas publicações destacam-se Torcidas organizadas de futebol (Autores Associados; ANPOCS, 1996), Lógicas no futebol (Hucitec, 2002; Corner, 2021) e Remexer anotações (Editora da UFSCar, 2019).

References

ALEKSIÉVITCH, Svetlana. A guerra não tem rosto de mulher. São Paulo, Companhia das Letras, 2016.

ALMEIDA, Sebastião. Mixed Martial Arts (MMA) no Brasil: masculinidades em disputa. 2016. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Sociologia) – Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil.

ALMEIDA, Theodoro; LIMA, Phillip; ALMEIDA, Sebastião. “Jiu-Jitsu and Muay Thai: building identities”. FIEP Bulletin, Foz do Iguaçu, v. 76, Special Edition, 2006.

ANDERSON, Benedict. Nação e consciência nacional. São Paulo: Ática, 1989.

BATESON, Gregory. Naven. São Paulo: Edusp, 2008.

BONFIM, Aira Fernandes. Football feminino entre festas esportivas, circos e campos suburbanos: uma história social do futebol praticado por mulheres da introdução à proibição (1915-1941). 2019. Mestrado (Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais) – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

BONFIM, Caio. “Rebola, sim! Caio cala homofóbicos e marcha para o quarto lugar nos Jogos”. [Entrevista cedida a] Cahê Mota. Globo Esporte [online], 12/08/2016. Disponível em http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/atletismo/noticia/2016/08/por-pouco-caio-bonfim-chega-em-quarto-na-marcha-e-fantastico.html. Acesso em 15/06/2020.

BRASIL. Ministério da Defesa. “Presença feminina é cada vez maior no meio militar”. Brasília, DF, 06/08/2014. Disponível em https://bityli.com/h5lWu. Acesso em 10/07/2020.

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. “As mulheres nas Forças Armadas Brasileiras”. Brasília, DF, 24/05/2016. Disponível em https://bityli.com/gmso3. Acesso em 10/07/2020.

CAMARGO, Wagner Xavier de. Circulando entre práticas esportivas e sexuais: etnografia em competições esportivas mundiais LGBTs. 2012. Doutorado (Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.

CAMARGO, Wagner Xavier de. “Considerações antropológicas sobre sexualidades e masculinidades no esporte”. R@U – Revista de @ntropologia da UFSCar, São Carlos, v. 6, n. 1, p. 41-62, jan./jun. 2014.

CAMARGO, Wagner Xavier de. Leituras de gênero no esporte. São Carlos: EdUFSCar, 2021 (no prelo).

CANCELLA, Karina. “A prática de esporte entre ‘oficiais graduados’ e ‘as simples praças’: instrumento para ‘desenvolvimento physico do pessoal’ ou prática ‘em promiscuidade completa’?”. Revista Brasileira de História Militar, Rio de Janeiro, ano 3, n. 9, p. 56-69, dez. 2012.

CASTRO, Celso. “In corpore sano: os militares e a introdução da educação física no Brasil”. Antropolítica, Niterói, n. 2, p. 61-78, 1º sem. 1997.

CASTRO, Celso. O espírito militar: um antropólogo na caserna. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

CONNELL, Robert. W.; MESSERSCHMIDT, James W. “Masculinidade hegemônica: repensando o conceito”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 21, n. 1, p. 241-282, 2013.

CONRADO, Mônica; RIBEIRO, Alan Augusto Moraes. “Homem Negro, Negro Homem: masculinidades e feminismo negro em debate”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 25, n. 1, p. 73-97, 2017.

DAMATTA, Roberto. “Tem pente aí? Reflexões sobre a identidade masculina”. Revista Enfoques, Rio de Janeiro, v. 9, n. 1, p. 134-151, ago. 2010.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

DOS SANTOS, Dionys Melo. O desejo pelas travestis brasileiras: do Cinema da Boca do Lixo à pornografia digital. Rio de Janeiro: Ape’Ku, 2021.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.

ELIAS, Norbert; DUNNING, Eric. A busca da excitação. Lisboa: Difel, 1985.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade II: o uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1984.

FOUCAULT, Michel. Nascimento da Biopolítica. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1987.

FRANCO JÚNIOR, Hilário. A dança dos deuses: futebol, sociedade, cultura. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

FRANZINI, Fábio. “Futebol é ‘coisa pra macho’?”. Pequeno esboço para uma história das mulheres no país do futebol”. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 25, n. 50, p. 315-328, 2005.

FRY, Peter. Para inglês ver: identidade e política na cultura brasileira. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

GASTALDO, Edison. “A forja do Homem de Ferro: a corporalidade nos esportes de combate”. In: LEAL, Ondina Fachel (Org.). Corpo e significado: ensaios de Antropologia Social. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2001.

GOLDMAN, Marcio. “Uma categoria do pensamento antropológico: a noção de pessoa”. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 39, n. 1, p. 83-109, jun. 1996.

GROSSI, Miriam Pillar. “Masculinidades: uma revisão teórica”. Antropologia em Primeira Mão, Florianópolis, v. 75, n. 1, p. 1-37, 2004.

GUEDES, Simoni. “Os estudos antropológicos dos esportes no Brasil: perspectivas comparadas com a América Latina”. Antropolítica, Niterói, n. 31, p. 31-43, 2011.

GUIRRA, Frederico. Os V Jogos Mundiais Militares no Brasil e a reinserção do esporte militar na política esportiva nacional. 2014. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Educação Física) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.

HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

LEIRNER, Piero. Meia-volta, volver: um estudo antropológico sobre a hierarquia militar. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1997.

LEIRNER, Piero. O sistema da guerra: uma leitura antropológica dos exércitos modernos. 2001. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social) – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

LINHALES, Meily. “Esporte e escola: astúcias na ‘energização do caráter’ dos brasileiros”. In: PRIORE, Mary del; MELO, Victor Andrade de (Orgs.). História do esporte no Brasil: do Império aos dias atuais. São Paulo: Editora Unesp, 2009. p. 331-358.

MATHIAS, Suzeley Kalil. “As mulheres chegam aos quartéis: gênero e Forças Armadas no Cone Sul”. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA: HISTÓRIA, GUERRA E PAZ, 23, 2005, Londrina, Associação Nacional de História (ANPUH). Anais eletrônicos. Londrina: ANPUH, 2005.

MAUSS, Marcel. “As técnicas do corpo”. In: MAUSS, Marcel. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003a. p. 397-420.

MAUSS, Marcel. “Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a de ‘eu’”. In: MAUSS, Marcel. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003b. p. 365-395.

MELO, Victor Andrade. Cidade esportiva: primórdios do esporte na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Relume Dumará; FAPERJ, 2001.

MOSSE, George L. “Masculinidade e decadência”. In: PORTER, Roy; TEICH, Mikulás (Orgs.). Conhecimento sexual, Ciência sexual: a história das atitudes em relação à sexualidade. São Paulo: UNESP/Cambridge University Press, 1998. p. 291-307.

NEGREIROS, Plínio. “O Brasil no cenário internacional: Jogos Olímpicos e Copas do Mundo”. In: PRIORE, Mary del; MELO, Victor Andrade de (Orgs.). História do esporte no Brasil: do Império aos dias atuais. São Paulo: Editora Unesp, 2009. p. 293-330.

PINHO, Osmundo de Araújo. “Etnografias do brau: corpo, masculinidade e raça na reafricanização em Salvador”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 13, n. 1, p. 127-145, jan./abr. 2005.

PIRES, Lucas Alexandre. Com as próprias mãos: etnografia das artes marciais e da defesa pessoal no treinamento policial militar. 2018. Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.

PRIORE, Mary del. “Jogos de cavalheiros: as atividades físicas antes da chegada do esporte”. In: PRIORE, Mary del; MELO, Victor Andrade de (Orgs.). História do esporte no Brasil: do Império aos dias atuais. São Paulo: Editora Unesp, 2009. p. 13-34.

RIAL, Carmen. “Rúgbi e judô: esporte e masculinidade”. In: PENTEADO, Fernando Marques; GATTI, José (Orgs.). Masculinidades: teoria, crítica e artes. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2011. p. 199-221.

SEVCENKO, Nicolau. Orfeu extático na metrópole. São Paulo, sociedade e cultura nos frementes anos 20. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

SILVA, Cristina Rodrigues da. O exército como família: etnografia sobre as vilas militares na fronteira. 2016. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.

SOARES, Carmen. “Da arte e da ciência de movimentar-se: primeiros momentos da ginástica no Brasil”. In: PRIORE, Mary del; MELO, Victor Andrade de (Orgs.). História do esporte no Brasil: do Império aos dias atuais. São Paulo: Editora Unesp, 2009. p. 133-178.

SOEIRO, Renato; TUBINO, Manoel. “A contribuição da Escola de Educação Física do Exército para o esporte nacional: 1933 a 2000”. Fitness & Performance Journal, v. 2, n. 6, p. 336-340, 2003.

TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. “O esporte brasileiro em tempos de exceção: sob a égide da Ditadura (1964-1985)”. In: PRIORE, Mary del; MELO, Victor Andrade de (Orgs.). História do esporte no Brasil: do Império aos dias atuais. São Paulo: Editora Unesp, 2009. p. 387-416.

THOMAZ, Diego Wander. Medalha e continência: uma etnografia de atletas militares no esporte de representação nacional. 2019. Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.

WEBER, Max. Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Martin Claret, 2015.

Published

2021-10-21

How to Cite

Wander Thomaz, D., Melo dos Santos, D., & de Toledo, L. H. . (2021). Military Ethos and Masculinities in Olympic Sports. Revista Estudos Feministas, 29(2). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n279389

Issue

Section

Gênero, tecnologias e (novas) formas de subjetivação nas práticas esportivas