Os relatórios Masters & Johnson: gênero e as práticas psicoterapêuticas sexuais a partir da década de 70

Autores

  • Tito Sena Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-026X2010000100014

Resumo

Este trabalho é o resultado de uma análise sobre os relatórios Masters & Johnson, editados originalmente nos anos de 1966 (A Resposta Sexual Humana) e 1970 (A Inadequação Sexual Humana). Os relatórios analisados, produzidos nos Estados Unidos e com repercussão mundial, foram elaborados a partir de uma minuciosa investigação científica das respostas fisiológicas e anatômicas da sexualidade masculina e feminina. Os autores, em decorrência, utilizaram esses conhecimentos para a formulação de técnicas e tratamento em terapia sexual utilizadas até hoje por profissionais da área clínica. Os relatórios Masters & Johnson emergiram com a proposta de preencher as lacunas médicas, fisiológicas e psicológicas diante das pesquisas estatísticas comportamentais de Alfred Kinsey (1948 e 1953). A obra de M&J se apresenta abertamente como uma defesa do casamento monogâmico heterossexual, e com elaborações atravessadas por questões de gênero. Partindo do instrumental teórico de Michel Foucault, verifica-se serem exemplares da prática de uma scientia sexualis, que procura instituir uma verdade no sexo e do sexo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2010-01-01

Como Citar

Sena, T. (2010). Os relatórios Masters & Johnson: gênero e as práticas psicoterapêuticas sexuais a partir da década de 70. Revista Estudos Feministas, 18(1), 221. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2010000100014

Edição

Seção

Artigos Temáticos