The sexual division of labour in the countryside from a young peasant perspective

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n158051

Abstract

Based on young peasant narratives, this article analyses the sexual division of labour in rural areas, focusing on tensions produced by generational differences. Data obtained from four stages of pedagogical workshops (2015-2016), using the life history methodology with 150 young people from two schools based in agrarian reform settlements in Paraná, show the impacts of gendered labour on the process of peasant youth socialization. The study provides evidence of generational conflicts in a shifting context, as well as the pedagogical and cultural impact stemming from access to systematic knowledge and debates on the theme, especially, the revision of prejudices and the shift of discourses, practices and attitudes towards gender equality, notably, through the agency of young peasant women.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Sônia Fátima Schwendler, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Pedagogia (1992) e Mestrado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa Maria (1995). PhD em Estudos Ibéricos e Latino Americanos pela University of London, Queen Mary College (2013). Professora Associada II da Universidade Federal do Paraná, no Setor de Educação (desde 1997) e Pesquisadora Honorária da Universidade de Londres, Queen Mary College. Atuou como Membro do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA (1998-2000) e na Secretaria de Estado da Educação do Paraná como Coordenadora da Educação do Campo (2003-2004). Coordenou o Curso de Pós Graduação Latu Sensu em Educação do Campo (2005 a maio/2008). Professora e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná, com atuação no Programa de Pós-Graduação em Educação. Vice-líder do Núcleo de Estudos de Gênero da UFPR e Membro da Articulação Paranaense por uma Educação do Campo. É co-autora do livro Paulo Freire: vida e obra (2001) e co-autora e organizadora dos livros Exercitando a cidadania no campo: a educação popular com trabalhadores Sem-Terra (2006), Educação do Campo em movimento: Teoria e prática cotidiana, v.I (2010);Conflitos Agrários: seus sujeitos, seus direitos (2015);  Teorias e Políticas de Gênero na Contemporaneidade (2017).  Tem experiência na área de Sociologia e Educação, com ênfase em Movimentos Sociais e Educação do Campo, Estudos Comparados na América Latina, e Estudos de Gênero.

References

ABRAMO, Helena. “Condição juvenil no Brasil contemporâneo”. In: ABRAMO, Helena; BRANCO, Paulo P. (Orgs.). Retratos da juventude brasileira. Análises de uma pesquisa nacional. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2005. p. 37-72.

AGARWAL, Bina. A Field of One’s Own: Gender and Land Rights in South Asia. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.

AGUIAR, Vilênia V. P.; STROPASOLAS, Valmir Luiz. “As problemáticas de gênero e geração nas comunidades rurais de Santa Catarina”. In: SCOTT, Parry; CORDEIRO, Rosineide; MENEZES, Marilda (Orgs.). Gênero e geração em contextos rurais. Florianópolis: Mulheres, 2010. p. 159-183.

BOURDIEU, Pierre. The logic of practice. Cambridge: Polity Press, 1990.

BOURDIEU, Pierre. “Habitus”. In: HILLIER, Jean; ROOKSBY, Emma (Eds.). Habitus: a Sense of Place. 2. ed. Surrey: Ashgate, 2005. p. 43-48.

BUTLER, Judith. “Performative Acts and Gender Constitution: An Essay in Phenomenology and Feminist Theory”. Theatre Journal, Curitiba, v. 40, n. 4, p. 519-53, Dec. 1988.

BUTLER, Judith P. Gender trouble: feminism and the subversion of identity. New York: Routledge, 1990.

CAMPOS, Christiane S. A face feminina da pobreza em meio à riqueza do agronegócio. Buenos Aires: CLACSO, 2011.

CASTRO, Elisa G. de. Entre Ficar e Sair: uma etnografia da construção social da categoria jovem rural. 2005. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

CASTRO, Elisa G. de. “Juventude rural no Brasil: processos de exclusão e a construção de um ator político”. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, Manizales, v. 7, n. 1, p. 179-208, jan./jun. 2009.

CHANT, Sylvia H.; CRASKE, Nikki. Gender in Latin America. London: Latin American Bureau, 2003.

CONNELL, Robert W. Masculinities. 2. ed. Cambridge: Polity Press, 2005.

CONNELL, Robert W.; MESSERSCHMIDT, James. “Masculinidade hegemônica: repensando o conceito”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 21, n. 1, p. 241-282, jan./abr. 2013.

DEERE, Carmen Diana; LEÓN, Magdalena. Empowering Women: Land and Property Rights in Latin America. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, 2001.

ESMERALDO, Gema G. “O protagonismo político de mulheres rurais por seu reconhecimento econômico e social”. In: NEVES, Delma P.; MEDEIROS, Leonilde S. de (Orgs.). Mulheres camponesas: trabalho produtivo e engajamentos políticos. Niterói: Alternativa, 2013. p. 237-256.

FARIA, Nalu. “Economia feminista e agenda de luta das mulheres no meio rural”. In: BUTTO, Andrea (Org.). Estatísticas rurais e a economia feminista: um olhar sobre o trabalho das mulheres. Brasília: NEAD, 2009. p. 11-28.

FOLBRE, Nancy. “Cleaning house: New perspectives on Households and Economic Development”. Journal of Development Economics, v. 22, n. 1, p. 5-40, June 1986.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

HEREDIA, Beatriz M. A. de. A morada da vida: trabalho familiar de pequenos produtores do Nordeste do Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

JACOBS, Susie. Gender and Agrarian Reform. New York; London: Routledge, 2010.

KERGOAT, Danièle; HIRATA, Helena. “Novas configurações da divisão sexual do trabalho”. Cadernos de Pesquisa, v. 37, n. 132, p. 595-609, set./dez. 2007.

MARRE, Jacques L. “História de Vida e Método Biográfico”. Cadernos de Sociologia, Porto Alegre, v. 3, n. 3, p. 89-141, jan./jul. 1991.

PAULILO, Maria Ignez. “O peso do trabalho leve”. Revista Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v. 5, n. 28, p. 64-70, 1987.

PORTELLI, Alessandro. “What Makes Oral History Different”. In: PERKS, Robert; THOMSON, Alistair (Eds.). The Oral History Reader. 2. ed. London; New York: Routledge, 2006. p. 32-42.

RAZAVI, Shahra. “Engendering the political economy of agrarian change”. Journal of Peasant Studies, London, v. 36, n. 1, p. 197-226, 2009.

RENK, Arlene; BADALOTTI, Rosana Maria; WINCKLER, Silvana. “Mudanças sócio-culturais nas relações de gênero e inter-geracionais: o caso do campesinato no Oeste Catarinense”. In: SCOTT, Parry; CORDEIRO, Rosineide; MENEZES, Marilda (Orgs.). Gênero e geração em contextos rurais. Florianópolis: Mulheres, 2010. p. 367-390.

SALES, Celecina de M. V. “Mulheres jovens rurais: marcando seus espaços”. In: SCOTT, Parry; CORDEIRO, Rosineide; MENEZES, Marilda (Orgs.). Gênero e geração em contextos rurais. Florianópolis: Mulheres, 2010. p. 423-448.

SCHWENDLER, Sônia F. “The Construction of the Feminine in the Struggle for Land and in the Social Re-creation of the Settlement”. In: VIEIRA, Else (Ed.). The Sights and Voices of Dispossession: The Fight for the Land and the Emerging Culture of the MST. London: Queen Mary University of London, 2003. Disponível em http://www.landless-voices.org/vieira/archive-05.php?rd=CONSTRUC567&ng=e&sc=3&th=42&se=0. Acesso em 05/03/2018.

SCHWENDLER, Sônia F. Women’s Emancipation through Participation in Land Struggle. 2013. PhD. (Iberian and Latin American Studies) – Queen Mary University of London, London, England.

SCHWENDLER, Sônia F. “O processo pedagógico da luta de gênero na luta pela terra: o desafio de transformar práticas e relações sociais”. Educar em Revista, Curitiba, n. 55, p. 87-109, jan./mar. 2015.

SCHWENDLER, Sônia F.; VIEIRA, Else R. P. (Eds.). Landless Voices II: Gender and Education/Vozes Sem Terra II: Gênero e Educação. London: Queen Mary University of London, 2016. Disponível em http://landless-voices2.org/. Acesso em 18/02/2018.

SCHWENDLER, Sônia F.; THOMPSON, Lúcia Amaranta. “An education in gender and agroecology in Brazil’s Landless Rural Workers’ Movement”. Gender and Education, London, v. 29, n. 1, p. 100-114, 2017.

SEN, Amartya. “Gender and Cooperative Conflicts”. In: TINKER, Irene (Ed.). Persistent Inequalities: Women and World Development. New York: Oxford University Press, 1990. p. 123-149.

SILVA, Carmen; PORTELLA, Ana Paula. “Divisão sexual do trabalho em áreas rurais no nordeste brasileiro”. In: SCOTT, Parry; CORDEIRO, Rosineide (Orgs.). Agricultura familiar e gênero: práticas, movimentos e políticas públicas. Recife: EDUFPE, 2006. p. 127-144.

STROPASOLAS, Valmir Luiz. “Juventude Rural: uma categoria social em construção”. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SOCIOLOGIA, 12, 2005, Belo Horizonte, Sociedade Brasileira de Sociologia. Anais... Belo Horizonte: Sociedade Brasileira de Sociologia, 2005. Disponível em http://www.sbsociologia.com.br/portal/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=64&Itemid=171. Acesso em 22/04/2016.

THOMPSON, Paul. The Voice of the Past: Oral History. 2. ed. Oxford: Oxford University Press, 1988.

WALBY, Sylvia. Gender Transformations. Routledge: London, 1997.

WEISHEIMER, Nilson. “Sobre a situação juvenil na agricultura familiar”. In: LEÃO, Geraldo; ROCHA, Maria Isabel A. (Orgs.). Juventudes do Campo. Belo Horizonte: Autêntica, 2015. p. 31-52.

WOORTMANN, Ellen F.; WOORTMANN, Klaas. O trabalho da terra: a lógica e a simbólica da lavoura camponesa. Brasília: EDUnB, 1997.

VIEIRA, Catarina. As relações de gênero na organização da juventude Sem Terra. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.

VIEIRA, Else R. P. “The Landless Voices Database: A Trajectory from Cultural Studies to Pedagogical Impact”. Educar em Revista, Curitiba, n. 55, p. 69-86, jan./mar. 2015.

Published

2020-06-05

How to Cite

Schwendler, S. F. (2020). The sexual division of labour in the countryside from a young peasant perspective. Revista Estudos Feministas, 28(1). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n158051

Issue

Section

Articles

Most read articles by the same author(s)