Desvelando imagens: o visível e o indizível na pele que habitamos
DOI:
https://doi.org/10.1590/%25xResumen
Este artigo propõe uma reflexão sobre a teia de significados que entretecem a trama de A pele que habito, de Pedro Almodóvar (2011) – significados estes, não raro, contraditórios, que iluminam as zonas de sombra nas quais o pensamento tematiza a diferença. Primeiro, analisa-se o discurso explícito do filme, que versa sobre a plasticidade do corpo e a fluidez do gênero, demonstrando seu caráter construtivo ao se desvincular de categorizações fixas e essencialistas. A seguir, analisa-se o seu discurso implícito, considerando que todo filme, como produto de práticas sociais, é constituído também por um conjunto de ideias que escapam às próprias intenções do autor. Em última instância, trata-se de pensar em que medida o discurso implícito da trama constitui uma espécie de contra discurso em relação ao que o longametragem explicitamente proclama.
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