Descolonização, feminismos e condição queer em contextos africanos
DOI:
https://doi.org/10.1590/%25xResumen
Este texto conduz a um primeiro mapeamento do campo de estudo sobre sexualidades
e teoria queer em contextos africanos. A África está se delineando como um laboratório de
elaboração de práticas teóricas – no campo do feminismo e das sexualidades dissidentes.
Destacamos as produções de uma jovem geração de africanos que problematiza as normas sexuais e de gênero nos diversos países da África do ponto de vista teórico, nos fundamentamos na primeira coletânea Queer africana, o Queer African Reader (QAR), publicada em 2013, e na coletânea Reclaiming Afrikan, publicada em 2014, que reúnem contribuições de estudios@s e militantes de vários países do continente. O maior aporte destas reflexões consiste em romper com a imagem de uma África homogênea do ponto de vista cultural e das práticas sexuais, colocando contra o muro a representação da África “obsessivamente” homofóbica, perpetuada pelas agendas LGBT globais, e a representação do caráter supostamente não africano da homossexualidade, disseminada pelos discursos nacionalistas de grupos religiosos locais. O QAR apresenta uma versão descolonizada da dissidência sexual que repensa o queer desde o Sul.
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