A Belle Époque das romancistas

Autores

  • Gabrielle Houbre Université Paris 7 – Denis Diderot

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000200004

Resumo

O texto trata da presença crescente de romancistas mulheres no final do século XIX e início do século XX, o que transformou a paisagem literária da belle époque na França. Essa transformação foi notada com surpresa e contrariedade por alguns homens de letras que reagiam com comentários desqualificadores das obras dessas mulheres, muitas vezes fazendo afirmações estereotipadas sobre a inexistência nelas do dom de criar. Além de apontar a visibilidade que tais mulheres romancistas ganharam, a autora compara a maneira como apresentavam os personagens femininos e a relação entre os sexos com a forma como os romancistas homens construíam, na época, as suas narrativas. Na belle époque, o crescimento do número de leitoras, promovido pela ampliação da alfabetização feminina e de novas oportunidades de educação e aliado à atuação das feministas, parece ter proporcionado ambiente propício para que inúmeras mulheres abandonassem antigos pseudônimos masculinos e passassem a adotar pseudônimos femininos ou, até mesmo, a assinar seu próprio nome nos romances que escreviam.

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Publicado

2002-01-01

Como Citar

Houbre, G. (2002). A Belle Époque das romancistas. Revista Estudos Feministas, 10(2), 325. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000200004

Edição

Seção

Artigos