Simmel e o futebol: da comunidade de afeto a equivalência abstrata do dinheiro
DOI:
https://doi.org/10.5007/2178-4582.2009v43n2p573Abstract
Objetiva-se refletir com Simmel alguns efeitos do neoliberalismo no futebol. A partir da Filosofia do Dinheiro e da Tragédia da Cultura, pretende-se compreender como a flexibilização das leis trabalhistas e o fim da lei do passe promoveram o princípio da circulação já apontado ao fim do séc XIX. Etnografando o sistema futebolístico, observando e ouvindo jogadores, treinadores e dirigentes, aponto como um sistema de pensamento, conectado a uma estrutura jurídico-econômico ancorada em leis e regulamentações, estimula e legitima a circulação dos jogadores, tornando incipiente a relação destes com os clubes. A lei Pelé, os empresários e os regulamentos das competições abrem as brechas para a contínua transferência dos atletas de clube para clube. O corolário deste reordenamento estrutural do futebol, comum a ordem econômica mundial, é um processo de ressignificação das relações estabelecidas na comunidade de afetos em torno do clube quando da imposição da equivalência abstrata do dinheiro.
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