Do Hexâmetro ao Decassílabo – Equivalência estilística baseada na materialidade da expressão

Autores

  • Márcio Thamos Universidade Estadual de São Paulo (Araraquara)

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4237.2011n10p201

Resumo

A expressividade que uma língua alcança através da poesia está relacionada com a natural adequação da fala a um determinado ritmo prosódico. O decassílabo não é uma mera convenção métrica; ele constitui-se numa espécie de frase ideal do português, um modelo de fala ludicamente construído através da percepção viva da língua para permitir a expressão justa do significado poético. O mesmo pode-se dizer do hexâmetro com relação ao latim. A tradição literária do português atesta certa equivalência estilística entre o decassílabo e o hexâmetro. Assim, parece lícito buscar balizas para a tradução que permitam ratificar empiricamente essa equivalência, a fim de, a partir daí, deduzir-se um modelo flexível de proporcionalidade métrica fundada na materialidade da expressão.

Biografia do Autor

Márcio Thamos, Universidade Estadual de São Paulo (Araraquara)

Professor de Língua e Literatura Latinas junto ao Departamento de Linguística da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP, Câmpus de Araraquara, credenciado no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da mesma Instituição (linhas de pesquisa: Relações Intersemióticas e Teorias e Crítica da Poesia). Licenciado em Latim e Língua Portuguesa. Mestre em Estudos Literários (título da dissertação: "Poesia e imitação: a busca da expressão concreta"). Doutor em Estudos Literários (título da tese: "As armas e o varão: leitura e tradução do Canto I da Eneida"). Coordenador do Grupo de Pesquisa LINCEU - Visões da Antiguidade Clássica.

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Publicado

2011-01-01

Edição

Seção

Dossiê : Tradução de Poesia / (organizado por Guilherme Gontijo Flores)