Desinventando e (re)constituindo línguas

Autores

  • Sinfree Makoni Pennsylvania State University
  • Alastair Pennycook University of Technology Sydney
  • Tradução de Cristine Gorski Severo Universidade Federal de Santa Catarina http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4749606T9

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2015v16n2p9

Resumo

Neste artigo defendemos que embora a natureza problemática da construção das línguas tenha sido considerada por uma série de autores céticos, assumindo de que não haveria alguma coisa como o inglês, ou qualquer outra língua, essa abordagem crítica para as línguas ainda precisa fomentar um entendimento mais amplo sobre os processos de invenção. Uma parte central de nosso argumento, portanto, é que não basta considerar que as línguas tenham sido inventadas e nem que as metalinguagens constroem o mundo de formas específicas; ao invés disso, precisamos compreender a relações estabelecidas entre os diferentes regimes metadiscursivos, as invenções linguísticas, a história colonial e as estratégias de desinvenção e reconstituição das línguas. Quaisquer projetos de linguística (aplicada) crítica que pretendam lidar com as línguas no mundo contemporâneo, a despeito de quão estimáveis eles sejam, devem também buscar compreender os efeitos linguísticos nocivos que esses projetos podem produzir, sendo confrontados pela necessidade de uma desinvenção e reconstituição das línguas.

Biografia do Autor

Sinfree Makoni, Pennsylvania State University

Professor associado de linguística aplicada e estudos africanos da Pennsylvania State University.

Alastair Pennycook, University of Technology Sydney

Professor de estudos linguísticos da University of Technology Sydney.

Tradução de Cristine Gorski Severo, Universidade Federal de Santa Catarina http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4749606T9

Tem graduação em Letras-Inglês/Literatura e em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina, mestrado e doutorado em Teoria e Análise Lingüística pela UFSC e pós-doutorado em Políticas Linguísticas pela Universidade da Pennsylvania. Tem interesse nas seguintes áreas: políticas linguísticas e estudos de variação e/ou mudança sob uma perspectiva discursiva. Tem pesquisado os temas: dimensões política e ética das políticas linguísticas em contextos coloniais e pós-coloniais de uso da língua portuguesa; Linguística colonial; o papel dos diálogos interculturais na (re)configuração dos sujeitos. Atualmente ocupa o cargo de professor adjunto III da Universidade Federal de Santa Catarina, é vinculada ao programa de pós-graduação da UFSC e atua como professora colaboradora no programa de pós graduação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Integra o GT da ANPOLL de Sociolinguística. Participa, como pesquisadora, do Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interétnicas/NUER-UFSC e do Projeto Variação Linguística na Região Sul do Brasil/Varsul-UFSC. Lidera desde 2009 o grupo de pesquisa Línguas,Identidades e Política

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Publicado

2015-12-21