Concepção dialógica da linguagem e o ensino de língua portuguesa: uma reflexão a partir de relatos de professores da rede municipal de Blumenau/SC

Autores

  • Vanessa Alésia Souza Ferretti Soares Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2012v13n2p37

Resumo

Atuam no cenário nacional fatores internos e externos (SOARES, 2002) que contribuem para mudanças nas práticas de ensino de língua. Nesse contexto, destaca-se na Linguística Aplicada a concepção dialógica de linguagem de Bakhtin, que tem propiciado novas perspectivas para o ensino de língua, e cuja presença é visível em documentos oficiais como os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998). Assim, o presente artigo busca entender como têm se dado tais mudanças no contexto da sala de aula. Para tanto, faz-se uma análise qualitativa de relatos de professores de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II, participantes do curso de formação continuada “Gestão da Aprendizagem Escolar” (GESTAR). A partir do arcabouço teórico bakhtiniano (2006[1929]; 2003[1952/53]), a análise focaliza a) como esses profissionais têm entendido gêneros discursivos; b) como esses têm sido trabalhados nas aulas de Língua Portuguesa; e c) quais as implicações dessas práticas para o processo educacional. Busca-se contribuir para a reflexão do estado atual da cultura escolar (JULIA, 2001). O estudo permite perceber que convivem práticas próximas de um arcabouço bakhtiniano e práticas convergentes ainda com uma concepção de língua-sistema (RODRIGUES, 2005), tendo aquelas apresentado implicações mais significativas ao processo educacional, como desenvolvimento da autoria, por exemplo.

 

Biografia do Autor

Vanessa Alésia Souza Ferretti Soares, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (2010). Atualmente cursa o mestrado no Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSC.

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Publicado

2012-12-18

Edição

Seção

Artigos