Decade of indigenous languages in Brazil: the insurrection and the indigenous protagonism in the construction of language policies

Authors

  • Sâmela Ramos da Silva Meirelles Universidade Federal do Amapá
  • Altaci Corrêa Rubim Universidade de Brasília
  • Anari Braz Bomfim Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2022.e84209

Keywords:

Indigenous Language Policies, International Decade of Indigenous Languages, Indigenous People

Abstract

This paper discusses the indigenous role in the Decade of Indigenous Languages in Brazil. We start with a discussion about the sociolinguistic scenario of ancestral languages and the political actions that indigenous peoples, autonomously and in partnership, have been developing in relation to the strengthening, revitalization and resumption of their languages. Then, we deal with the concepts of language that are the epistemological basis of these projects of linguistic revitalization and resumption. We are at a crucial moment in the face of the danger of disappearance of many ancestral languages in Brazil and in the world, in which the defense of these languages is central to guaranteeing the rights of indigenous peoples and their linguistic-cultural diversity. In this sense, we raise some reflections on the emergence of indigenous protagonism for the development of local, regional and national language policies regarding the International Decade of Indigenous Languages, which in Brazil is being coordinated by indigenous peoples from the five regions of the country and their organizations.

References

ACOSTA, Alberto. Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. Tradução de Tadeu Breda. São Paulo: Elefante, 2016.

BICALHO, Poliene Soares dos Santos. O protagonismo indígena no Brasil: movimento, cidadania e direitos (1970 - 2009). 2010. 468 f. Tese (Doutorado em História) –Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2010.

BOMFIM, Anari Braz. Patxohã: a retomada da língua do povo Pataxó. Revista Linguística, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 303-327, jan. 2017.

BRASIL. Decreto nº 7.387, 9 de dezembro de de 2010. Institui o Inventário Nacional da Diversidade Linguística e dá outras providências. Diário Ofcial da União. Brasília, DF, 10

dez. 2010.

BRUBAKER, Rogers. Ethnicity without Groups. Archives Européennes de Sociologie, Cambridge, v. 43, n. 2, p. 163-189, 2002.

D’ANGELIS, Wilmar da Rocha. Línguas Indígenas no Brasil: urgência de ações para que sobrevivam. In BOMFIM, Anari Braz Bomfm; DA COSTA, Francisco Vanderlei F. (Org.), Revitalização de língua indígena e educação escolar indígena inclusiva. Salvador: EGBA, 2014. p. 93-117.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 58 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

GOBBI, Izabel; RMOS, André Raimundo Ferreira. A língua como movimento de reexistir: a atuação da Funai em iniciativas de valorização e revitalização de línguas indígenas. In D’ANGELIS, Wilmar da Rocha; NOBRE, Domingos Barros. Experiências Brasileiras em Revitalização de Línguas Indígenas. Campinas, SP: Curt Nimuendajú, 2020.p. 47-84.

IBGE. Censo Demográfco 2010 – Características gerais dos indígenas. Resultados do Universo. Rio de Janeir: IBGE, 2012.

IVO, Ivana Pereira. Revitalização de línguas indígenas: do que estamos falando? In: D’ANGELIS, Wilmar da Rocha (Org.). Revitalização de línguas indígenas: o que é? Como

fazer? Campinas, SP: Curt Nimuendajú: Kamuri, 2019, p. 43-63.

KOPENAWA, Davi; BRUCE, Albert. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Tradução de Beatriz Perro-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fm do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

LUCIANO, Gersem José dos Santos. Língua, educação e interculturalidade na perspectiva indígena. Revista de Educação Pública, Cuiabá, v. 26, n. 62, p. 295-310, maio/ago., 2017.

MAHER, Terezinha de Jesus Machado. Políticas linguísticas e políticas de identidade: currículo e representações de professores indígenas na Amazônia ocidental brasileira. Currículo sem fonteiras, S. l.. v. 10, n. 1, p. 33-48, jan./jun., 2010.

MAHER, Terezinha de Jesus Machado. Sendo índio na cidade: mobilidade, repertório linguístico e tecnologias. Revista da Anpoll, Londrina, PR, n. 40, p. 58-69, 2016.

MEIRELLES, Sâmela Ramos da Silva. A reinscrição de uma língua destituída: o Nheengatu no Baixo Tapajós. 2020. 267 f. Tese (Doutorado em Linguística) –, Universidade Estadual

de Campinas, Campinas, SP, 2020.

MIGNOLO, Walter. A colonialidade de cabo a rabo: o hemisfério ocidental no horizonte conceitual da modernidade. In LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber, eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 33-49.

MOORE, Denny. As línguas indígenas no Brasil hoje. In. MELLO, H.; ALTENHOFEN, C.; RSO T. (Org.). Os contatos linguísticos no Brasil. Belo Horizonte: Editora da UFMG,

p. 217-240.

MUNDURUKU, Daniel. O banquete dos deuses: conversa sobre a origem da cultura brasileira. 2. ed. São Paulo: Global, 2009a.

MUNDURUKU, Daniel. A escrita e a autoria fortalecendo a identidade. Povos Indígenas no Brasil, S.l., 2009b. Disponível em: htp://pib.socioambiental.org/pt/c/iniciativasindigenas/autoria-indigena/a-escrita-e-a-autoria-fortalecendo-a-identidade.Acesso em: 30 dez. 2019.

PAREDES, Julieta. Hilandro fno: desde o feminismo comunitário. México: Cooperativa El Rebozo, 2013.

PURI, Txama Xambé; PURI, Tutushamum; PURI, Xindêda. Kwaytikindo: retomada linguística Puri. Revista Brasileira de Línguas Indígenas, Macapá, v. 3, n. 2, p. 77-101, 2020.

RODRIGUES, Aryon Dall’Igna. Línguas brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Loyola, 1994.

RODRIGUES, Aryon Dall’Igna. 500 anos de descobertas e perdas. D.E.L.T.A., São Paulo, v. 9, n. 1, p. 83-103, 2002.

RUBIM, Altaci Corrêa. O reordenamento político e cultural do povo KOKMA: a reconquista da língua e do território além das fronteiras entre o Brasil e o Peru. 2016. 324 f. Tese

(Doutorado em Linguística) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2016.

SILVA, Maria do Socorro Pimentel da. Refexões sociolinguísticas sobre línguas indígenas ameaçadas. Goiânia: Editora da Universidade Católica de Goiás, 2009.

SILVA, Maria do Socorro Pimentel da. A pedagogia da retomada: decolonização de saberes. Articulando e construindo saberes, Goiânia, v. 2, n. 1, p. 204-216, 2017a.

SILVA, Maria do Socorro Pimentel da. Resistência e retomada da língua e do patrimônio cultural Karajá em Buridina. Revista Linguística, Rio de Janeiro. v. 13, n. 1, p. 231-244, jan. de 2017b.

SILVA, Sâmela Ramos da; VAZ FILHO, Florêncio Almeida. A responsabilidade do movimento e das organizações indígenas. In D’ANGESLIS, Wilmar da Rocha; NOBRE, Domingos Barros. Experiências brasileiras em revitalização de línguas indígenas. Campinas, SP: Curt Nimuendajú, 2020. . p. 231-268.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PAR A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTUR (UNESCO). Convenção sobre Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais. Paris, 2005.

WALSH, Catherine. Interculturalidade Crítica e Pedagogia Decolonial: in-surgir, resurgir e re-viver. In CADAU, Vera Maria (Org.). Educação Intercultural na América Latina: entre

concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009. p. 12-42.

Published

2022-12-19