“O Jefferson falou que o meu cabelo é feio, é ruim”: cabelo crespo e empoderamento de meninas negras na creche

Autores

  • Rosa Silvia Lopes Chaves Integrante do Grupo de Pesquisa Pequena Infância, Cultura e Sociedade (Unifesp) Integrante do ntegrante do Grupo de pesquisa Sociologia da imagem, artes e infâncias (FEUSP) https://orcid.org/0000-0002-3096-026X
  • Waldete Tristão de Oliveira Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2018v20n37p170

Resumo

Discutimos neste artigo a questão do empoderamento das identidades infantis negras a partir da desconstrução dos estereótipos de beleza, considerando o cabelo crespo, a pele negra e as culturas infantis, no contexto de uma creche da Rede Municipal de São Paulo. A pesquisa evidencia como o toque e as formas de cuidar, pentear, enfeitar o cabelo retratam fortes mensagens para as meninas negras nas relações que elas estabelecem com as professoras e com outras crianças, para a construção positiva de suas identidades. Utilizamos como referência a Sociologia da Infância para investigar o ponto de vista das crianças, compreendendo-as como atores sociais portadoras de história e produtoras de cultura. As relações étnico-raciais e de gênero também se configuram como categorias de análise dos dados coletados. Os resultados indicam a relevância de investigações que abordem os diferentes aspectos das complexas e intrincadas relações entre gênero, raça e infâncias no cotidiano das creches.

Biografia do Autor

Waldete Tristão de Oliveira, Universidade de São Paulo (USP)

Pesquisadora do CEERT
Doutora pela Faculdade de Educação USP

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Publicado

2018-05-21