Percursos e percalços das pesquisas com crianças em contextos de chegadas e partidas: reflexões sobre pesquisas em programas de acolhimento institucional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2019v21n40p367

Resumo

Este artigo compartilha uma reflexão articulada a partir da análise de duas pesquisas realizadas com crianças em programas de acolhimento institucional instalados em Santa Catarina. A partir dele objetivou-se lançar luz sobre os processos teórico-metodológicos adotados por essas pesquisas, de modo a colocar em relevo dois pontos que se interseccionam: i) as implicações postas para a entrada no campo, sob a forte tensão entre o direito de proteção e o direito de participação das crianças; ii) a emergência por desenvolver estratégias comunicativas que envolvam as crianças nas pesquisas, construídas sobre as próprias habilidades e capacidades dessas crianças. Sua base teórica se assenta nos Estudos da Infância, ao afirmar a infância como categoria geracional e as crianças como atores sociais plurais nos seus modos de agência. 


Biografia do Autor

Roseli Nazário, Instituto Federal Catarinense (IFC), Blumenau, Santa Catarina

Licenciada em Pedagogia pela Universidade Regional de Blumenau (FURB, 1990), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (PPGE/UFSC, 2002) e doutorado em Educação nesta mesma Universidade, na linha Ensino e Formação de Educadores (EFE - PPGE/UFSC, 2014). Realizou um estágio doutoral na Universidade do Minho, em Portugal (UMinho, 2012/2013). É professora titular do Curso de Pedagogia e do Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto Federal Catarinense (IFC campus Blumenau - campus Camboriú). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Infantil, Ensino Superior e formação continuada de professores, atuando principalmente nos seguintes temas: criança e infância; políticas públicas para a infância; educação infantil; formação de professores; acolhimento institucional. É integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Educação na Primeira Infância (NUPEIN) e do Grupo de Estudos e Pesquisas Etnografia e Infância (GEPEI), ambos vinculados ao Centro de Ciências da Educação da UFSC, e do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação, Formação de Professores e Processos Educativos, do IFC. Compõe a comissão executiva do Fórum Regional de Educação Infantil da Foz do Rio Itajaí (FREIFOZ).

Kamila Barros Tizatto, Instituto de Ensino Superior Santo Antônio (INESA)

Mestra em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina, Bacharela em Psicologia pela Associação Catarinense de Ensino e Especialista em Desenvolvimento Infantil pela Universidade Positivo. Atua como Psicóloga Clínica em Serviço Especializado em Reabilitação destinado à crianças com deficiências motoras e transtorno do desenvolvimento intelectual. Experiência na Rede de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente em diferentes níveis de proteção social. Prática docente na formação técnica, graduação e pós-graduação, atualmente como Professora na Faculdade Senac, Faculdade Guilherme Guimbala e no Instituto de Ensino Superior Santo Antônio. Principais áreas de interesse: Desenvolvimento Infantil, Atenção e Intervenção Precoce, Parentalidade e Redes de Apoio, Infância e Risco, Psicologia Educacional, Psicologia Social e Comunitária.

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Publicado

2019-11-19