Neoliberalismo, Educação de infância e o mito de Procusto: políticas e práticas em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.5007/1518-2924.2021.e79719Resumo
O estreitamento do currículo e a crescente “escolificação” da Educação de Infância tem gerado tensões e mudanças entre as demandas neoliberais e os princípios da democracia, equidade e participação. Apoiadas nas Sociologias da Infância e da Educação e nas Ciências da Educação, sinalizamos a presença desses discursos nas políticas públicas para a Educação de Infância em Portugal e a sua ressignificação por educadores/as nas suas práticas pedagógicas. Usando o brincar como analisador, as observações em jardins de infância, públicos e privados de Lisboa, Porto e Braga, entre 2016 e março de 2020, sublinham o “peso” da escolarização face ao brincar como direito e modo de participação infantil, e na reconfiguração das crianças em alunos/as, das educadoras/es em professoras/es e do jardim de infância em escola.
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