O Gepedisc Culturas Infantis celebra os 30 anos do NUPEIN: por uma Pedagogia da Infância à brasileira!
DOI:
https://doi.org/10.5007/1518-2924.2021.e79927Resumo
A partir da proposta-convite para compor o presente dossiê, Perspectivas de Pesquisa na Educação infantil: 30 anos de trajetória, a linha Culturas Infantis do GEPEDISC (Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Diferenciação Sócio-Cultural) do Departamento de Ciências Sociais na Educação, da Faculdade de Educação da UNICAMP, traz para esta celebração (que também está festejando em 2021) nossos 25 anos de estudos e pesquisas que pensam e fazem Política no contexto da Universidade Pública. Sempre atuando no tripé indissociável: ensino/pesquisa/extensão na produção de conhecimentos com contradições, disputas de ideias e concepções que transitam entre o marxismo e o pensamento pós-colonialista, por meio de interlocuções de pesquisa, pedagogias e políticas na área da Educação Infantil no Brasil. Nesta perspectiva, nosso texto para celebrar os 30 anos do NUPEIN vai também femenagear suas fundadoras, Eloisa Rocha, primeira doutoranda do Gepedisc-linha culturas infantis, que criou o termo Pedagogia da Infância, em seu doutorado, e Bea Cerisara, que problematizou a feminização docente na Educação Infantil. Buscamos, desta maneira, nos contrapor ao pensamento eurocêntrico, adultocêntrico, patriarcal, racista e heteronormativo que tenta formatar e homogeneizar as crianças e suas infâncias, e neste sentido declaramos com Oswald de Andrade e o Manifesto Antropófago (1928): “Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida”.
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