Homens feministas e a educação infantil: por uma pedagogia feminista
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e86631Palavras-chave:
Professores homens, Feminismos, Pequena infância, BinarismoResumo
Movimento que fissura os espaços-tempos da educação infantil, este artigo garatuja a presença de homens na pequena infância e a sua inserção, como travessia feminista, cujo processo formativo de quebra de visões binárias e sexista são retirados do lugar e como travessia se deslocam para pensar em pedagogias feministas. Ao abordar tal perspectiva a partir da materialidade de uma pesquisa de doutorado que ao desenhar um diálogo entre os filósofos Deleuze, Guattari e Foucault articula-se como elementos que explodem e contagiam a pequena infância, performáticos e des-formativos, um atravessamento que impacta e mexe com os espaços. Ainda, as feministas negras e decoloniais criam um jogo compositivo para pensar no feminismo enquanto transformação social, criando linhas que se encontram e deliram nos espaços da pequena infância.
Referências
BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria perfomativa de assembleia. 3ª ed., Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019.
BUTLER, Judith. Quadros de Guerra: quando a vida é passível de luto? 2ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
CERISARA, Beatriz. Professora de Educação Infantil: entre o feminino e o profissional. São Paulo: Cortez, 2002.
CONNELL, Robert William; MESSERSCHEMIDT, James W. Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Estudos Feministas, Florianópolis, 21(1), p. 241-282, janeiro-abril/2013.
DELEUZE, Gilles. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 2005.
DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Editora 34, 1992.
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia 2 - vol.2. São Paulo: Editora 34, 2012a.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia 2 - vol. 4. 1ª Reimpressão, São Paulo: Editora 34, 2017.
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia 2 – vol. 5. 2ª ed. São Paulo: Editora 34, 2012b.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1: A vontade de saber. 7ª ed., Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e terra, 2018.
FOUCAULT, Michel. Nascimento da Biopolítica: curso dado no Collège de France (1978-1979). São Paulo: Martins Fontes, 2008.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. 6ª edição. – Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2017.
GALLO, Silvio. Um duplo contágio, ou contágios múltiplos: do governo pelo vírus e de lutas de resistência. In: COELHO, Plínio Augusto (Org.). O mundo pós-pandemia: retorno à “realidade distópica” – reflexões libertárias. São Paulo: Intermezzi, 2021, p. 33-60.
GUATTARI, Felix. Devir criança, malandro, bicha. In: Revolução Moleculares: pulsações e as políticas do desejo. 3ª ed., São Paulo: editora brasiliense, 1987, p. 64-69.
GUATTARI, Felix. Somos todos grupelhos. In: Revolução Moleculares: pulsações e as políticas do desejo. 3ª ed., São Paulo: editora brasiliense, 1987, p. 12-19.
hooks, bell. Teoria Feminista: da margem ao centro. São Paulo: Perspectiva, 2019.
MBEMBE, Achille. A ideia de um mundo sem fronteira. Revista Serrote, 2019. Disponível em: https://revistaserrote.com.br/2019/05/a-ideia-de-um-mundo-sem-fronteiras-por-achille-mbembe/ (acesso em 12/08/2022).
MESSERSCHEMIDT, James W. Masculinities and Femicide. Qualitative Sociology Review, 13(3), p. 70-79, 2017. Disponível em: http://www.qualitativesociologyreview.org/ENG/Volume42/QSR_13_3_Messerschmidt.pdf (acesso 03/11/2020).
RAGO, Margareth. A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções de subjetividades. Campinas: Editora UNICAMP, 2013.
SANTIAGO, Flávio; FARIA, Ana Lúcia Goulart de. Da descolonização do pensamento adultocêntrico à educação não sexista desde a creche: por uma pedagogia da não violência. In: TELES, Maria Amélia de Almeida; SANTIAGO, Flávio; FARIA, Ana Lúcia Goulart de (orgs). Por que a creche é uma luta das mulheres? Inquietações feministas já demonstram que as crianças pequenas são responsabilidade de toda a sociedade! São Carlos: Pedro & João Editores, 2018, p. 145-162.
SILVA, Adriana Alves da. “A fertilidade me sufoca”. Maternidade, feminismo e creche: algumas interlocuções. In: FINCO, Daniela; GOBBI, Márcia Aparecida; FARIA, Ana Lúcia Goulart de (Orgs.). Creche e feminismo: desafios atuais para uma educação descolonizadora. Campinas, SP: Edições Leitura Critica; Associação de Leitura do Brasil – ALB; São Paulo: Fundação Carlos Chagas – FCC, 2015, p. 35-56.
SILVA, Adriana Alves da; MACEDO, Elina Elias de. Creche: uma bandeira da despatriarcalização. In: TELES, Maria Amélia de Almeida; SANTIAGO, Flávio; FARIA, Ana Lúcia Goulart de (orgs). Por que a creche é uma luta das mulheres? Inquietações feministas já demonstram que as crianças pequenas são responsabilidade de toda a sociedade! São Carlos: Pedro & João Editores, 2018, p. 145-162.
SILVA, Peterson Rigato da. Não sou pai, nem tio, sou professor! A docência masculina na educação Infantil. Dissertação de mestrado. Programa de pós-graduação em Educação, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, 2014.
SILVA, Peterson Rigato da; MONTEIRO, Mariana Kubilius; FARIA, Ana Lúcia Goulart de; ALTMANN, Helena. Homens na educação infantil: propostas educativas açucaradas? Questões de gênero na educação da pequena infância. Zero-a-Seis, Florianópolis, v. 23, n. 53, p. 01-15, nov./dez., 2020.
SILVA, Peterson Rigato da. Entre fissuras – A desterritorialização dos movimentos sociais da educação infantil e as políticas de gênero na pequena infância. Tese de doutorado. Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Estadual Paulista – UNESP, 2021.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Creche em tempos de perdas de direitos! In: TELES, Maria Amélia de Almeida; SANTIAGO, Flávio; FARIA, Ana Lúcia Goulart de (orgs). Por que a creche é uma luta das mulheres? Inquietações feministas já demonstram que as crianças pequenas são responsabilidade de toda a sociedade! São Carlos: Pedro & João Editores, 2018, p. 163-180.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
As pessoas autoras cedem à revista Zero-a-Seis os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY) 4.0 International. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.
As pessoas autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.