O Desastre como substância alquímica: mergulho e tentativa de apreensão através de L'Écriture du Désastre
DOI:
https://doi.org/10.5007/2176-8552.2015n18p193Abstract
Este artigo visa refletir – e produzir reflexões – acerca do conceito de desastre tal qual desenvolvido pelo pensador francês Maurice Blanchot (1907-2003). Através de seu livro L'Écriture du Désastre (1980) uma nova forma de prática-teoria crítica, literária e filosófica, necessariamente fragmentária, foi posta em operação. Por se tratar de um conceito bastante complexo, no sentido mesmo de ser composto por inúmeros pavimentos e construções, e que segundo o próprio autor passa pela ordem do inapreensível, buscamos de alguma maneira fazer ressoar perspectivas iluminadoras acerca dos temas que o atravessam, em meio a utilização também de exemplos pontuais na literatura e no cinema. Optamos também pela adoção de uma compreensão singular do desastre blanchotiano, pensando-o como substância alquímica, composta por elementos e fatores específicos, geradores de operações próprias à escrita e à literatura.
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