Uma abordagem teórica neoinstitucional relevante e abrangente teria sido indevidamente ignorada pelo campo de negócios internacionais?
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2019v21n55p39Resumo
Muitos recursos naturais e, crescentemente, produzidos pelo homem, se enquadram numa categoria a qual Elinor Ostrom, prêmio Nobel de Economia de 2009, se referiu como common-pool resources (CPRs). São recursos dos quais existe uma quantidade limitada, e cujo uso racional do ponto de vista coletivo, na ausência de proprietários privados e de intervenção do estado, é difícil de ser alcançado. Ostrom propôs uma teoria e regras da ação para evitar o uso abusivo desses recursos. Embora bastante difundida nos estudos ambientais e sobre ecologia, as proposições da autora são pouco usadas como referencial teórico nos estudos sobre negócios internacionais. Esse artigo mostra, pela comparação de dois casos, que proposições da autora explicam desfechos muito diferentes nas trajetórias de dois clusters, que se internacionalizaram rapidamente. Contribui para chamar a atenção para o potencial de aplicação, que está sendo negligenciado, do trabalho da autora em pesquisas e práticas.
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