Uma abordagem teórica neoinstitucional relevante e abrangente teria sido indevidamente ignorada pelo campo de negócios internacionais?

Autores

  • Ilan Avrichir
  • Laura Mac Lennan

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8077.2019v21n55p39

Resumo

Muitos recursos naturais e, crescentemente, produzidos pelo homem, se enquadram numa categoria a qual Elinor Ostrom, prêmio Nobel de Economia de 2009, se referiu como common-pool resources (CPRs). São recursos dos quais existe uma quantidade limitada, e cujo uso racional do ponto de vista coletivo, na ausência de proprietários privados e de intervenção do estado, é difícil de ser alcançado. Ostrom propôs uma teoria e regras da ação para evitar o uso abusivo desses recursos. Embora bastante difundida nos estudos ambientais e sobre ecologia, as proposições da autora são pouco usadas como referencial teórico nos estudos sobre negócios internacionais. Esse artigo mostra, pela comparação de dois casos, que proposições da autora explicam desfechos muito diferentes nas trajetórias de dois clusters, que se internacionalizaram rapidamente. Contribui para chamar a atenção para o potencial de aplicação, que está sendo negligenciado, do trabalho da autora em pesquisas e práticas.

Referências

Alvial, A., Kibenge, F., Forster, J., Burgos, J. M., Ibarra, R., & St-Hilaire, S. (2012). The Recovery of the Chilean Salmon Industry: The ISA crisis and its consequences and lessons. Puerto Montt.

Avrichir, I., & Maclennan, M. L. F. (2015). The political dynamics of corporate co-evolution: Replicating and extending a case study. Qualitative Report, 20(3).

Castro, N. F., Marcon, D. B., & Freire, L. C. (2011). Impacto do APL de Rochas Ornamentais do Espírito p Santo nas Comunidades, 1–29.

Child, J., Rodrigues, S. B., & Tse, K. K. T. (2012). The Dynamics of Influence in Corporate Co-Evolution. Journal of Management Studies. https://doi.org/10.1111/j.1467-6486.2012.01057.x

Chiodi, Cid, F. (2009). Balanço das exportações e importações brasileiras de rochas ornementais em 2008. São Paulo.

Chiodi, C. (2014). Balanço das exportações e importações brasileiras de rochas ornamentais em 2013. São Paulo.

Dietz, T., Ostrom, E., Stern, P. C., Dietz, T., Ostrom, E., & Stern, P. C. (2003). The Struggle to Govern the Commons. Science, 302(5652). https://doi.org/48358

Eisenhardt, K. M. (1989). Building Theories from Case Study Research Kathleen M . Eisenhardt. Academy of Management Review, 14(4), 532–550.

Feeny, D., Hanna, S., & McEvoy, A. F. (1996). Questioning the assumptions of the Tragedy of the Commons" model of fisheries. Land Economics, 72(2), 187–205.

Hardin, G. (1968). Commons 13. Science, 162(June), 1243–1248. https://doi.org/10.1126/science.162.3859.1243

Holm, C. C., Cardozo, P. F., Fernandes, D. L., & Soares, J. G. (2017). Participatory Planning of Tourism and Its Challenges: Application of Elinor Ostrom Principles in Colônia Witmarsum-PR, Brazil. Revista Rosa Dos Ventos - Turismo e Hospitalidade, 9(3), 457–471. https://doi.org/10.18226/21789061.v9i3p457

Iizuka, M., & Katz, J. (2011). Natural Resource Industries, ‘Tragedy of the Commons ’ and the Case of Chilean Salmon Farming. International Journal of Institutions and Economies, 3(2), 259–286.

Iizuka, M., & Katz, J. (2015). Globalisation, sustainability and the role of institutions: The case of the chilean salmon industry. Tijdschrift Voor Economische En Sociale Geografie. https://doi.org/10.1111/tesg.12132

Kesidou, E., & Romijn, H. (2008). Do Local Knowledge Spillovers Matter for Development? An Empirical Study of Uruguay’s Software Cluster. World Development. https://doi.org/10.1016/j.worlddev.2008.01.003

McGaughey, S. L., Kumaraswamy, A., & Liesch, P. W. (2016). Institutions, entrepreneurship and co-evolution in international business. Journal of World Business. https://doi.org/10.1016/j.jwb.2016.07.003

Miles, M. B., Huberman, M. A., & Saldana, J. (2014). Qualitative Data Analysis: A methods sourcebook (3rd ed.). Thousand Oaks, CA: Sage Publications.

Ostrom, E. (1990). Governing the Commons: The evolution of institutions for collective action. Cambridge: Cambridge University Press.

Ostrom, E. (2011). Background on the Institutional Analysis and. Policy Studies Journal, 39(1), 7–27. https://doi.org/10.1111/j.1541-0072.2010.00394.x

Pereira, J. R., Helena, E., Cabral, D. S., & Pereira, J. R. (2015). Gestão social e governing the commons: A cooperação como elo de convergência. Revista de Ciências Da Administração, 17(43), 112–122.

Qualhano, M. Â. L. (2005). O arranjo produtivo local do setor de rochas ornamentais no município de Cachoeiro de Itapemirim – ES, 113.

Ribeiro, H. C. M. (2016). Produção acadêmica do tema internacionalização divulgada nos periódicos nacionais: Um estudo bibliométrico. Internext. https://doi.org/10.18568/1980-4865.1111-20

Rojo, M. M. (2016). Regional innovation systems based on low technology industries in developing countries: Salmon industry in Chile. Universidade do Algarve.

Von Tunzelmann, N. (2009). Competencies versus capabilities: A reassessment. Economia Politica, (3). https://doi.org/10.1428/30999

Williamson, O. E., & Williamson, O. E. (2017). The New Institutional Economics : Taking Stock , Looking Ahead, 38(3), 595–613.

Downloads

Publicado

2020-11-05

Como Citar

Avrichir, I., & Lennan, L. M. (2020). Uma abordagem teórica neoinstitucional relevante e abrangente teria sido indevidamente ignorada pelo campo de negócios internacionais?. Revista De Ciências Da Administração, 21(55), 39–50. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2019v21n55p39

Edição

Seção

Artigos