La contribución de las tres fuerzas sociales a la construcción de mercados agroalimentarios
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2023.e65226Palabras clave:
Mercados Agroalimentarios, Agricultura familiar, Nueva Sociología Económica, Tres Fuerzas SocialesResumen
Este artículo presenta una discusión teórica sobre la construcción de mercados bajo la influencia de la Nueva Sociología Económica. Comenzamos por problematizar las insuficiencias de la economía neoclásica para comprender este fenómeno. Destacamos nuevas oportunidades de investigación a través del marco teórico de Jens Beckert (2010), sobre las tres fuerzas sociales: redes sociales, instituciones y estructuras cognitivas. A modo ilustrativo, se discutirán algunas características de los mercados brasileños de queso artesanal de leche cruda. Finalmente, presentamos un resumen de esta discusión, destacando las controversias identificadas: los efectos de institucionalizar el consumo de queso de leche pasteurizada, generados por las normas fitosanitarias vigentes; la presencia de prácticas específicas de nichos de mercado, gusto y distinción, con efectos en la elevación de los precios del producto; la adaptación de los agricultores familiares a las nuevas normas, con la consiguiente exclusión del mercado de determinados grupos de agricultores; la insuficiencia del Estado como regulador de intereses divergentes entre agricultores familiares y productores industriales.
Citas
ABRAMOVAY, R. O capital Social dos territórios. In: O capital Social dos territórios. O futuro das regiões rurais. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2003. p. 379-397.
BECKERT, Jens. The social order of markets. MPIfG Discussion Paper 07/15, 2007. https://doi.org/10.2139/ssrn.2464441
BECKERT, Jens. The social order of markets. Theor Soc. 38:245-269, 2009. Disponível em: https://link.springer.com/content/pdf/10.1007%2Fs11186-008-9082-0.pdf. Acesso em: 1 ago. 2016. https://doi.org/10.1007/s11186-008-9082-0
BECKERT, Jens. How Do Fields Change? The Interrelations of Institutions, Networks, and Cognition in the Dynamics of Markets. Organization Studies, 31; 605, 2010. https://doi.org/10.1177/0170840610372184
BECKERT, Jens. Capitalism as a system of contingent expectations: Toward a sociological microfoundation of political economy. MPIfG Discussion Paper 12/4, Max Planck Institute for the Study of Societies, 2012. https://doi.org/10.2139/ssrn.2464021
BOURDIEU, P. Las estructuras sociales de la economía. Barcelona: Anagrama, 2003. https://doi.org/10.3406/arss.2003.2783
CARVALHO, Michelle de Medeiros; LINDNER, Juliano de Dea; FARINA, Luciana Oliveira. A produção de queijo colonial artesanal no município de Seara, estado de Santa Catarina, frente à legislação brasileira. Rev. Inst. Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, v. 70, n. 5, p. 253-261, set.-out. 2015. https://doi.org/10.14295/2238-6416.v70i5.463
CINTRÃO, Rosângela Pezza. Segurança, qualidade e riscos: a regulação sanitária e os processos de (i)legalização dos queijos artesanais de leite cru em Minas Gerais. 2016. 396 p. Tese (Doutorado de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade). Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Departamento de Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 2016.
DA CRUZ, F. T.; MENASCHE, R. O debate em torno de queijos feitos de leite cru: entre aspectos normativos e a valorização da produção tradicional. Revista Visa em debate: Sociedade, Ciência e Tecnlogia. Vig Sanit Debate, 2(04):34-42, 2014. https://doi.org/10.3395/vd.v2i4.408
DORIGON, C. Mercados de produtos coloniais da região Oeste de Santa Catarina: em construção. 2008, 437 f. Tese. (Programa de Pós-Graduação Engenharia de Produção). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.
DOBBIN, Frank. Introduction: The Sociology Of The Economy. Agosto 2016. p. 1-22. 2004. Disponível em: http://scholar.harvard.edu/files/dobbin/files/2004_soc_economych1.pdf. Acesso em: 10 out. 2016.
ESTEVAM, Dimas de Oliveira; SALVARO, Ilka Jacinto; BUSARELLO, Carla Spillere. Espaços de produção e comercialização da agricultura familiar: as cooperativas descentralizadas do Sul Catarinense. Interações, Campo Grande, v. 16, n. 2, jul.-dez. 2015. https://doi.org/10.1590/151870122015205
FLIGSTEIN, Neil. The architecture of markets: na economic sociology of 21st century capitalist societies. Princeton: Princeton University Press, 2001. https://doi.org/10.1515/9780691186269
FLIGSTEIN, Neil. O Mercado enquanto política: uma abordagem político-cultural às instituições do mercado. In: MARQUES, R. PEIXOTO, J. (Org.). A nova sociologia económica: uma antologia. Oeires, Portugal: Celta Editora, 2003. p.195-227.
FLIGSTEIN, Neil; DAUTER, Luke. A sociologia dos mercados. Cad. CRH, Salvador, v. 25, n. 66, p. 481-504, Dec. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-49792012000300007&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 17 jun. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-49792012000300007.
FOURCADE, Marion. Theories of Markets and Theories os Society. American Behavioral Scientist, University of California, Berkeley, v. 50, n. 8, p. 1.015-1.034, 2007. https://doi.org/10.1177/0002764207299351
GRANOVETTER, M. Economic Action and Social Structure. American Journal of Sociology, Chicago, v. 91, n. 3, p. 481- 510, Nov.1985. https://doi.org/10.1086/228311
JARDIM, Maria A Chaves; CAMPOS, Ricardo Sapia. A construção social dos mercados e a crítica da Ciência Econômica. Dossiê de Sociologia econômica: Construção social dos mercados. REDD - Revista Espaço de Diálogo e Desconexão, Araraquara, v. 4, n. 2, jan.-jul. 2012.
MARQUES, Rafael. Os trilhos da Nova Sociologia Econômica. In: MARQUE, Rafael; PEIXOTO, João Peixoto (Org.). A Nova Sociologia Econômica: uma antologia. Oeiras: Celta Editora, 2003. p. 1-67.
MENEZES, Sônia de Souza Mendonça. Queijo coalho: tradição cultural e estratégia de reprodução social na região nordeste. Revista de Geografia (UFPE), v. 28, n. 1, 2011.
NIEDERLE, Paulo André; SCHUBERT, Maycon Noremberg; SCHNEIDER, Sérgio. Agricultura familiar, desenvolvimento rural e um modelo de mercados múltiplos. In: DOULA, Sheila et al. (Org.). A agricultura familiar em face das transformações na dinâmica recente dos mercados. 1. ed. Viçosa: Suprema, 2014. v. 1, p. 43-68.
SABOURIN, Eric. A construção social dos mecanismos de qualificação e certificação entre reciprocidade e troca mercantil. Dossiê de Sociologia econômica: Construção social dos mercados. REDD - Revista Espaço de Diálogo e Desconexão, Araraquara, v. 4, n. 2, jan.-jul. 2012.
SERTAOBRAS. Irlanda uma ilha fresca em queijo. 2016. Disponível em: http://www.sertaobras.org.br/blog/2012/05/23/irlanda-uma-ilha-fresca-em-queijos/. Acesso em: 10 maio 2017.
STEINER, Philippe. A Sociologia Econômica. São Paulo: Atlas, 2006.
SWEDBERG, R. New economic sociology: what has been accomplished, what is ahead? Acta Sociologica, v. 40, 1997. https://doi.org/10.1177/000169939704000203
VIAN, C. E. F. et al. O Processo de Formação dos Campos Organizacionais na Produção de Alimentos Orgânicos: Conflitos Atuais e Perspectivas Futuras. Cadernos do CEAM, v. 25, p. 9-31, 2006.
PANZUTTI, Nilce da Penha Migueles. Mercado como construção social da realidade. Informações Econômicas, São Paulo, v. 41, n. 7, jul. 2011.
POLANYI, Karl. A grande transformação: as origens da nossa época. Rio de Janeiro: Campus, 1980.
WANDERLEY, Fernanda. Avanços e desafios da Nova Sociologia Econômica: notas sobre os estudos sociológicos do mercado: uma introdução. Sociedade e Estado, v. 17, n. 1, p. 15-38, 2002. https://doi.org/10.1590/S0102-69922002000100003
WESZ JUNIOR, Valdemar João. O mercado da soja e as relações de troca entre produtores rurais e empresas no Sudeste de Mato Grosso (Brasil). 2014. Tese (Doutorado) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Rio de Janeiro, 2014.
WILKINSON, John. Mercados, Redes e Valores: o novo mundo da agricultura familiar. Porto Alegre: Editora da UFRGS, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural, 2008.
ZELIZER, Viviana. O Significado Social do Dinheiro: Dinheiros Especiais. In.: PEIXOTO, João; MARQUES, Rafael. A Nova Sociologia Económica. p. 125-165. Oeiras: Celta, 2003.
ZUIN, L. F. S.; ZUIN, P. B. Produção de Alimentos Tradicionais: extensão rural. Aparecida: Idéias & Letras, 2008.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Revista de Ciências da Administração

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
El autor deberá garantizar:
- que exista pleno consenso entre todos los coautores para aprobar la versión final del documento y su envío para publicación.
que su trabajo es original, y si se utilizó trabajo y/o palabras de otras personas, estos fueron debidamente reconocidos.
El plagio en todas sus formas constituye un comportamiento editorial poco ético y es inaceptable. RCA se reserva el derecho de utilizar software o cualquier otro método de detección de plagio.
Todos los envíos recibidos para evaluación en la revista RCA pasan por la identificación de plagio y autoplagio. El plagio identificado en los manuscritos durante el proceso de evaluación dará lugar al archivo del envío. Si se identifica plagio en un manuscrito publicado en la revista, el Editor Jefe realizará una investigación preliminar y, de ser necesario, se retractará.
Los autores otorgan a RCA los derechos exclusivos de primera publicación, estando la obra licenciada simultáneamente bajo la Licencia Creative Commons (CC BY) 4.0 Internacional.
Los autores están autorizados a celebrar contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en un repositorio institucional, en un sitio web personal, publicación de una traducción o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
Esta licencia permite a cualquier usuario tener derecho a:
Compartir: copiar, descargar, imprimir o redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Adapte: remezcle, transforme y cree a partir del material para cualquier propósito, incluso comercial.
Bajo los siguientes términos:
Atribución: debe dar el crédito apropiado (citar y hacer referencia), proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se realizaron cambios. Debe hacerlo bajo cualquier circunstancia razonable, pero de ninguna manera que sugiera que el licenciante lo respalda a usted o su uso.
Sin restricciones adicionales: no puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otros hacer algo que la licencia permite.