Prazer e sofrimento no trabalho do voluntário empresarial
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8069.2008v10n20p11Resumen
Os programas de voluntariado corporativo representam uma das opções de ações em responsabilidade social bastante valorizadas pelas empresas, sendo sua existência, inclusive, um fator utilizado em instrumentos de avaliação de responsabilidade social (como, por exemplo, o proposto pelo Instituto Ethos) ou em modelos de balanço social (como o proposto pelo Ibase). Em estudo realizado pela autora, buscou-se identificar como o voluntário empresarial, envolvido num cenário organizacional com uma série de novas demandas, percebe esse tipo de trabalho (quais os significados que essa prática assume), bem como suas implicações. Entre os significados encontrados, destaca-se voluntariado como história de vida e como forma de ser reconhecido pela empresa, entre outros, sendo observados ganhos individuais tanto de ordem afetiva como de ordem profissional. Entretanto, foi também percebida, na própria decisão de voluntariar, a percepção da influência de formas de controle mais sutis sobre os funcionários, a reprodução de padrões tradicionais de relações de poder no exercício da ação voluntária, bem como certo nível de sofrimento no trabalho voluntário.
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