A nossa história é sempre a mesma, só muda o personagem: Gênero masculino, álcool e outras drogas

Conteúdo do artigo principal

Raphael Henrique Travia
Josiane Steil Siwert

Resumo

Entre o público atendido pela saúde mental o dependente químico é marginalizado, pois a doença é interpretada como conseqüência do poder de escolha. Veiculando algumas propagandas em diversos meios de comunicação, a mídia impulsiona o consumo e comércio de substâncias prejudiciais à saúde para alienar a sociedade e obter lucro. Como conseqüência dessa alienação os acidentes de trânsito e a violência urbana fazem suas vítimas. Através da pesquisa qualitativa que foi realizada entre os meses de março e maio de 2010, em grupo focal formado por dez usuários do sexo masculino com idade superior a 18 anos em tratamento no CAPS AD localizado na Rua Eugênio Moreira n° 400, Bairro Anita Garibaldi, Joinville-SC foi possível investigar o impacto da propaganda nas mídias de massa como instrumento de promoção e incentivo ao abuso de álcool e outras drogas, principal objetivo deste estudo. Observou-se ainda nas discussões temas relacionados à família e sexualidade. Concluiu-se que o tratamento oferecido por meio da Estratégia Redução de Danos, praticada no CAPS pesquisado, ainda e pouco eficaz, por falta de investimento governamental, comunicação, cooperação da família e dos outros serviços substitutivos que ainda marginalizam os dependentes químicos, predestinando seus usuários ao fracasso por transmitirem a mensagem estampada em seus rostos sofridos de que “a nossa história é sempre a mesma, só muda o personagem”.

Detalhes do artigo

Como Citar
TRAVIA, Raphael Henrique; SIWERT, Josiane Steil. A nossa história é sempre a mesma, só muda o personagem: Gênero masculino, álcool e outras drogas. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], v. 6, n. 13, p. 173, 2014. DOI: 10.5007/cbsm.v6i13.68956. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/68956. Acesso em: 18 dez. 2024.
Seção
Resumos