O que podemos aprender com a reforma psiquiátrica italiana? Observações de uma residente brasileira em Trieste
Contenido principal del artículo
Resumen
Em 2018 completaram-se 40 anos da Lei Basaglia, marco na reforma psiquiátrica italiana. O presente artigo tem como objetivo principal promover reflexão sobre as mudanças propostas para a política de saúde mental brasileira inspirando-se na experiência de desinstitucionalização da Psiquiatria Democrática Italiana. Para isso, descreve-se observação participante realizada em Trieste-Itália, berço deste movimento inspirador da Reforma Psiquiátrica Brasileira. É feito também breve histórico do processo brasileiro e análise a partir de documentos emitidos por diferentes entidades das mudanças trazidas na Resolução 32 da Comissão Intergestores Tripartite e na portaria 3588 do Ministério da Saúde. Percebe-se que estes documentos representam um retrocesso na política de saúde mental brasileira visto não ter havido diálogo com atores comprometidos com a reforma psiquiátrica ou representação do controle social; estimularem a hospitalização e investimento nos hospitais psiquiátricos; incentivarem ambulatorização da Rede de Atenção Psicossocial; trazerem financiamento de 240 milhões para comunidades terapêuticas que são instituições de caráter asilar, privadas, envolvidas em violações aos direitos humanos. Conclui-se que para fazer frente a estes retrocessos é necessário aliar fortalecimento e unidade do movimento antimanicomial com o restabelecimento da democracia, visto estes ataques aconteceram em um contexto de enfraquecimento democrático e desinvestimento em políticas sociais.
Detalles del artículo

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
El artículo que se aprobó para su publicación, los autores deben firmar el término de transferencia de los derechos de autor del manuscrito a la revista a través del cual un autor transfiera los derechos de autor del artículo a los Cuadernos de revista Mental Health brasileños, quedando prohibida cualquier reproducción, total o parte, en cualquier medio de publicación, impresa o electrónica, sin la autorización previa y necesaria solicitada y, si obtenida, incluirá mi registro y gracias al Diario - CBSM.