Linguagens documentárias e vocabulários semânticos para a web: elementos conceituais: resenha
DOI:
https://doi.org/10.5007/1518-2924.2012v17n34p193Resumo
José Antônio Moreiro González, Professor catedrático de Biblioteconomia e Documentação da Universidad Carlos III de Madrid na Espanha, com experiência na técnica de análise de conteúdo documental e sobre questões conceituais da documentação. O autor trata das Linguagens Documentárias e Vocabulários Semânticos para a Web, que a Editora da Universidade Federal da Bahia apresenta aos leitores. O resultado é um texto com a potencialidade tanto de servir como introdução ao tema para o leitor não especialista como apresentar uma síntese ampla e atualizada dos principais problemas e avanços no estudo das linguagens documentárias e vocabulários semânticos para a web. O livro compõe-se de onze (11) capítulos, delineados pelo autor, descrevendo os elementos conceituais das linguagens documentárias e dos vocabulários semânticos para a web. O primeiro capítulo trata das Bases Epistemológicas da Representação da Informação: origem da representação conceitual, no qual apresenta a origem das relações entre conceitos; os conceitos principais e sua organização em macroestruturas. Análise da leitura dos documentos na pesquisa para obter a informação, o resumo do autor, título, sumários, tabelas, índices, ilustrações, legendas para recuperar a informação. No segundo capítulo (Para Melhor Entender a Recuperação Léxica da Informação), o Autor pontua o acesso contemporâneo à informação dos documentos, com os respectivos conceitos - da representação do na era sociedade do conhecimento. O terceiro capítulo (Requerimentos Fundamentais da Nova Web), compreende-se três seções: dimensões da web social e da web semântica; finalidade da chamada web semântica, e; possibilidades de evolução. O autor aponta as mudanças especificando a web 2.0 e sua evolução para a web semântica; a web 2.0 e a web semântica convirjam para web 3.0; e a web 2.0 e a web semântica coexistindo harmoniosamente no ciberespaço. Em se tratando do quarto capítulo, o autor aborda Léxico e Linguagens Documentárias, em duas seções: Classificação dos KOS; SKOS, por meio das normas ISO 704:2000 e ISO 1087-Parte1:2000, com vantagens quando à norma ISO 2788:1986 de construção de tesauros. O quinto capítulo (Web 2.0 e Folksonomias), compreende funcionamento das Folksonomias, sua utilidades, vantagens e debilidades e sua comparação aos Tesauros, no qual explica que as folksonomias permitem estudar os termos mais empregados, onde os mesmos evoluem de acordo com as tendências e as comunidades que os empreguem. O capítulo sexto apresenta as Taxonomias, com seus componentes básicos e características, visando a sua construção ligada às linguagens documentarias, voltado ao respectivo processo metodológico. No sétimo capítulo enfoca os Tesauros, apresenta a rede conceitual e sua instrumentalidade, seu uso, vantagens e desvantagens na contribuição de novas normas. Aponta soluções quanto à linguística, à estatística (classificadores cienciométricos), à computação. O autor pondera que a lista de descritores (termos controlados) representa os conceitos de um domínio do conhecimento. E que se organiza em estrutura hierárquica com relações semânticas entre si. O oitavo capítulo (Ontologias, o predomínio dos conceitos), Moreiro González ilustra as camadas da web semântica, juntamente com as linguagens, elaboração e os tesauros frente a ontologias baseadas em normas internacionais, passo primordial para a construção de elementos semânticos inteligentes. Para o nono capítulo (Tesauros: progressão conceitual e redes semânticas) o autor desenvolve uma discussão sobre os Tesauros de Descritores Verbais e Redes semânticas, salientando que a evolução das redes semânticas resulta nos mapas conceituais na ordenação das linguagens. O décimo capítulo (Topic Maps), mostra a considerável variedade de mapas conceituais, suas considerações, definições, modelos, ferramentas e a vantagem de sua utilidade. Oferece a leitura comparativa sobre mapas conceituais e a aplicação da ISO 13250:2000. O décimo primeiro capítulo (Reflexão final), o autor realiza uma reflexão pontuando a ampla visão de como surgem vocabulários semânticos para a web. Resgata a importância do estudo teórico e metodológico, apresenta um processo de identificação e confirmação de termos para construção da linguagem documentária, no sentido de instrumento de mediação entre o sistema de informação e o usuário. Com os valiosos subsídios oferecidos na obra, possibilita-se o entendimento do processo de comunicação documentária e a transferência da informação na construção da espiral do conhecimento. Ao final da obra, o leitor pode conhecer as referências internacionais e normas utilizadas pelo autor, as quais credenciam um novo olhar para o mundo das linguagens documentárias e vocabulários semânticos para a web. Salienta-se ainda que a obra traz as bases epistemológicas da representação da informação até os detalhes sobre a Taxonomia referente às linguagem documentárias. Recomenda-se a obra aos envolvidos com indexação, tesauros, linguagens documentárias, recuperação e o uso da informação. Aos documentalistas pode-se ampliar o entendimento da macroestrutura da informação, a aplicação dos conceitos, mapas conceituais e o uso dos instrumentos da web semântica. Que os leitores dessa obra possam expandir o conhecimento da abrangência das estruturas da internet. Boa leitura!
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