Informação e memória: aproximações teóricas e conceituais
DOI:
https://doi.org/10.5007/1518-2924.2017v23n52p95Palavras-chave:
Informação e Memória, Paradigmas da Ciência da Informação, Elementos norteadores da Informação e da MemóriaResumo
Objetiva apresentar, por meio de revisão de literatura, os conceitos e as relações existentes entre os termos Informação e Memória na Ciência da Informação (CI), a partir dos paradigmas Físico, Cognitivo e Social de Rafael Capurro (2003) e dos estudos ligados ao tema Memória, baseados em autores como: Halbwachs (1990); Nora (1993); Le Goff (2003) e Bergson (1999), por meio dos quais foi possível identificar os enlaces existentes entre os dois termos, através das concepções material, cognitiva e coletiva da Memória. A reflexão no âmbito da CI e da Memória, teve como elementos norteadores, principalmente, os paradigmas Custodial e Pós-Custodial apresentados por Malheiro e Ribeiro (2011). Nesses paradigmas, a relação entre a CI e a Memória se evidencia desde as antigas práticas custodiais ligadas aos campos da Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia, e a criação da Documentação, campo que antecedeu a CI. Nesse sentido, reflete-se que a Memória transita pelo campo da Informação e áreas correlatas, desde muito tempo, e se apresenta hoje como objeto de estudo da área através de olhar informacional sobre a mesma.
Downloads
Referências
ARAÚJO, C. A. A. Paradigma social nos estudos de usuários da informação: abordagem interacionista. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v.22, n.1, p.145-159, jan./abr. 2012.
______. Arquivologia, biblioteconomia, museologia e ciência da informação: o diálogo possível. Brasília: Briquet de Lemos, 2014.
BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2001.
BELKIN, N. J. Anomalous States of Knowledge as Basis for Information Retrieval. The Canadian Journal of Information Science, v. 5, p. 133-143, 1984.
BELKIN, N. J.; ODDY, R.N.; BROOKS, H.M. ASK for Information Retrieval: Part I. Background and Theory. Journal of Documentation, v. 38, n. 2, p. 61-71, 1982.
BERGSON, H. Matéria e Memória. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
BROOKES, B.C. The developing cognitive view in information science. In: INTERNATIONAL WORKSHOP ON THE COGNITIVE VIEWPOINT, p.195-203, 1977.
BUCKLAND, M. K. Information and Information Systems. New York, 1991.
CANDAU, J. Memória e Identidade. São Paulo: Contexto, 2012.
CAPURRO, R.; HJORLAND, B. O conceito de informação. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v.12, n.1, p.148-207, jan./abr. 2007. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/54/47>. Acesso em: 23 nov. 2016
CAPURRO, R. Epistemologia e Ciência da informação. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 5, Belo Horizonte, 2003. Anais... Belo Horizonte: Escola de Ciência da informação da UFMG, 2003. Disponível em: < http://www.capurro.de/enancib_p.htm>. Acesso em: 25 nov. 2016
CASTELLS, M. A sociedade em rede. 11. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008.
GONZÁLEZ DE GÓMEZ, M. N. A Reinvenção Contemporânea da Informação: entre o material e o imaterial. Pesq. Bras. Ci. Inf., Brasília, v. 2, n. 1, p. 115-134, jan./dez. 2009. Disponível em: <http://repositorio.ibict.br/bitstream/123456789/116/1/GonzalezGomezTendencias2009.pdf >. Acesso em: 20 out. 2016.
HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. São Paulo: Edições Vértice, 1990.
LE GOFF, J. História e memória. Campinas, SP: Ed. da Unicamp, 2003.
MALHEIRO, A.; RIBEIRO, F. Paradigmas serviços e mediações em Ciência da Informação. Recife: Nectar, 2011.
MEIRELES, M. R. G.; CENDÓN, B. V. Aplicação prática dos processos de análise de conteúdo e de análise de citações em artigos relacionados às redes neurais artificiais. Inf. Inf., Londrina, v. 15, n. 2, p. 77-93, jul. /dez. 2010. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/4884>. Acesso em: 3 nov. 2016.
NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo, n.10, p. 7-28, dez. 1993.
OLIVEIRA, E. B.; RODRIGUES, G. M. O conceito de memória na Ciência da Informação: análise das teses e dissertações dos programas de pós-graduação no Brasil. Liinc em Revista, v.7, n.1, p. 311-328, mar. 2011. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/8511/1/ARTIGO_ConceitoMemoriaCienciaInforma%C3%A7%C3%A3o.pdf >. Acesso em: 13 nov. 2016.
______. As concepções de memória na Ciência da Informação no Brasil: estudo
preliminar sobre a ocorrência do tema na produção científica. Ponto de Acesso, Salvador, v. 3, n. 3, p. 216-239, dez. 2009. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/revistaici/article/view/3613/2745 >. Acesso em: 13 nov. 2016.
OTLET, P. Traité de Documentation – Le livre sur le Livre – Théorie et Patique. Bruxeles: Editiones Mundaneum, 1934.
PINHEIRO, L. V. Processo evolutivo e tendências contemporâneas da ciência da informação. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v. 15, n. 1, p. 13-48, jan./jun. 2005.
POLLAK, M. Memória e identidade social. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, p. 200-2012, 1992.
ROBREDO, J. Organização dos documentos ou organização da informação: uma questão de escolha. In: SEMINÁRIO GESTÃO DA INFORMAÇÃO: DESAFIOS E SOLUÇÕES, Brasília: ACECO, Arquivo Nacional, Câmara dos Deputados, Conselho da Justiça Federal, Senado Federal e Universidade de Brasília. 2003.
SHANNON, C. E.; WEAVER, W. The Mathematical Theory of Communication. Urbana: University of Illinois Press, 1949.
WURMAN, R. S. Ansiedade de informação: como transformar informação em compreensão. São Paulo: Cultura, 1991.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Ana Pricila Celedonio da Silva, Lidia Eugenia Cavalcante, Jefferson Veras Nunes
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O autor deve garantir:
- que haja um consenso completo de todos os coautores em aprovar a versão final do documento e sua submissão para publicação.
- que seu trabalho é original, e se o trabalho e/ou palavras de outras pessoas foram utilizados, estas foram devidamente reconhecidas.
Plágio em todas as suas formas constituem um comportamento antiético de publicação e é inaceitável. Encontros Bibli reserva-se o direito de usar software ou quaisquer outros métodos de detecção de plágio.
Todas as submissões recebidas para avaliação na revista Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação passam por identificação de plágio e autoplágio. Plágios identificados em manuscritos durante o processo de avaliação acarretarão no arquivamento da submissão. No caso de identificação de plágio em um manuscrito publicado na revista, o Editor Chefe conduzirá uma investigação preliminar e, caso necessário, fará a retratação.
Esta revista, seguindo as recomendações do movimento de Acesso Aberto, proporciona seu conteúdo em Full Open Access. Assim os autores conservam todos seus direitos permitindo que a Encontros Bibli possa publicar seus artigos e disponibilizar pra toda a comunidade.
Os conteúdos de Encontros Bibli estão licenciados sob uma Licença Creative Commons 4.0 by.
Qualquer usuário tem direito de:
- Compartilhar — copiar, baixar, imprimir ou redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante a apoiar você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.