Enchentes, deslizamentos e a sociedade em rede: um estudo sobre o fluxo de informação em desastres naturais a partir do caso de Petrópolis 2013
Palavras-chave:
Fluxo de Informação, Desastres Naturais, Sociedade em Rede, Análise de Redes SociaisResumo
Como se dá o fluxo de informação nos momentos de respostas aos desastres naturais? Como um grupo organizado em rede atua para trocar, organizar e tratar informações durante os desastres?. Tendo ambos questionamentos como suporte, esta pesquisa se debruçou sobre o tema do fluxo de informação durante as respostas aos desastres naturais, a partir do estudo de caso das Chuvas de Petrópolis (RJ), que ocorreu no ano de 2013, matando 33 pessoas. A importância deste assunto foi explanada no primeiro capítulo da dissertação, na qual foram descritas estimativas recentes de tragédias que vem ocorrendo no mundo e de que forma tais desastres impactam na vida das pessoas, dos países e de todo planeta. Na fundamentação conceitual, descreveu-se as definições, causas e classificações de desastres naturais, além de expor sobre como este tema é aderente ao campo da Ciência da Informação. Na parte metodológica, o estudo se debruçou inicialmente sobre uma revisão de literatura. A partir dos artigos selecionados da literatura científica, a pesquisa elencou quatro grandes desafios para o fluxo de informação que se dá em tempos de desastres e que dificultam o trabalho das equipes de apoio. Foram destacados os seguintes gargalos: "precisão da informação", "volume de informação", "colapso na tecnologia da informação" e "confiança interorganizacional". A partir dos desafios elencados, o passo seguinte foi elaborar um roteiro de entrevista a ser aplicado para os respondentes. Os respondentes do estudo foram profissionais que atuaram no desastre de Petrópolis 2013, distribuídos em seis entidades. Cada respondente assumiu um cargo relevante naquele ano. Todas as seis entidades abordadas nesta dissertação trabalharam em conjunto no ano de 2013, criando uma rede de informação para melhorar o nível de resposta ao desastre. As entrevistas foram realizadas por telefone e Skype, sendo transcritas integralmente. Outra metodologia adotada neste estudo foi a Análise de Redes Sociais (ARS). A partir de dados coletados das próprias entrevistas, gerou-se gráficos ilustrativos, tabelas e textos interpretativos com o objetivo sobre grau de centralidade, intensidade do fluxo de informação, harmonia e proximidade. Dessa maneira, foi possível expor matematicamente como se deu o relacionamento e o fluxo de informação durante os trabalhos de resposta. Entre as conclusões desta pesquisa, pode-se destacar alguns itens que ajudam os agentes a driblar os desafios do fluxo de informação durante desastres. Entre eles: manter um programa de interação entre as instituições em períodos sem desastres, manter na equipe de agentes profissionais experientes e que conheçam bem região geográfica de ação, ter uma estrutura de comunicação alternativa às tradicionais e desenvolver procedimentos estruturados para checar e validar informações.Downloads
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