Editorial, n. 22, 2006
Resumo
AMPLITUDE E PROFUNDIDADE EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO A partir dos anos da década dos 1990, quando as mais atuais Tecnologias de Comunicação e Informação começaram a ser mais largamente utilizadas nos vários segmentos de produção e ação dos setores privados e públicos da economia mundial, foi continua e simultaneamente se enraizando a noção de urgência sobre todas as pessoas que lidam com a produção e comunicação da informação e do conhecimento. Para alguns esta urgência poderia estar empobrecendo nossa capacidade de olhar mais amplamente e, ao mesmo tempo, de buscar a essência das coisas. Evidentemente, a amplitude do nosso olhar e a busca da essência requer que conquistemos e montemos instrumentos e captemos o movimento dos fenômenos, de nossos objetos de observação, a fim de que tenhamos atingido os resultados pretendidos. A questão é se a nossa sociedade marcada por essa noção de urgência nos permite tal atitude. Caso consideremos que nossas ações decorrem das necessidades e demandas da sociedade, e não de nosso vão voluntarismo, e se manifestam diferentemente, quanto distintos sejam os seus contextos, a urgência passa a ser muito mais evidente, muito mais premente e presente nos estratos urbanos e multi-instrumentalizados pelas tecnologias mais atuais. No que toca ao campo da Ciência da Informação, essa noção de urgência se afigura diferentemente quão singulares sejam os ambientes onde se dão a prática da gestão, disseminação e apropriação de toda a informação existente e, de outro lado, qual seja a distinção que existe entre as práticas executivo-técnicas e as práticas de produção do conhecimento científico que constitui esse campo epistemológico em particular. É em face disso, dessa possibilidade de reconhecer a Ciência da Informação como um universo, portanto, dotado de uma incomensurável amplitude e, por isso mesmo, como um cosmos multifacetado, que exige ser conhecido por aproximações sucessivas e inesgotáveis, que a comunicação científica em Ciência da Informação se coloca como uma instância vital para o próprio campo. Essa é a justificativa que dá para Encontros Bibli o sentido de sua existência e o sentimento em sua equipe e em todos os seus colaboradores (autores, avaliadores etc.) da indispensabilidade de sua presença na construção progressiva e jamais terminada da Ciência da Informação. A edição que ora oferecemos contempla um volume significativo da ação reflexiva de pesquisadores e de executivos profissionais que militam na Ciência da Informação no Brasil, na Argentina e na Espanha. O conteúdo apresentado envolve várias temáticas que se colocam como a manifestação da vitalidade desta Ciência. Os doze artigos aqui apresentados, oriundos da produção realizada em dez diferentes universidades, foram selecionados dentre os vinte e seis originais encaminhados para a Comissão Editorial. Essa tarefa, que sempre requer o devido cuidado no exame dos textos, só foi possível com a participação de mais de quatro dezenas de Consultores. É essa colaboração de pares da comunidade do campo da Ciência da Informação que, considerando também os critérios de avaliação empregados por Encontros Bibli, nos permite reafirmar nossa permanente busca em oferecer em cada número deste periódico a expectativa de estar contribuindo com a amplitude e profundidade correspondente à natureza da Ciência de Informação, que é, ressalvadas todas as discussões inacabadas a respeito, inter, trans e multidisciplinar. Como sempre, desejamos a cada um(a) uma excelente leitura! Prof. Francisco das Chagas de Souza – Editor chagas@cin.ufsc.br ou bibli@cin.ufsc.br Departamento de Ciência da Informação Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação Universidade Federal de Santa Catarina Brasil Florianópolis, Ilha de Santa Catarina, outubro de 2006. Enc. Bibli: R. Eletr. Bibliotecon. Ci. Inf., Florianópolis, n. 22, 2º sem. 2006Downloads
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