O possível e o impossível - Duns Scotus e a discussão subsequente
DOI:
https://doi.org/10.5007/1677-2954.2015v14n1p57Resumo
Este trabalho com a investigação a cerca do problema do possível e do impossível tem como objetivo clarear em um primeiro momento, aquilo que Aristóteles que brevemente concebe em sua Metafísica e intrincadamente se encontra naquelas obras de João Duns Scotus que ficaram conhecidas como os comentários aos livros das sentenças de Pedro Lombardo. Juntamente com a interlocução de grande importância feita por Henrique de Gand, o qual, pertence ao mesmo período de produção filosófica e teológica de Scotus. O que se visa aqui é trabalhar conceitos da filosofia da alta escolástica pouco estudados atualmente, como onipotência divina, intelecto ou ideias divinas, possível, impossível, lógico e metafísico. Conceitos tais que, nos remetem a um universo de discussão muito rico, no qual se deve ter muita atenção e insistência, pois o modo dispensado a esse tipo de investigação é um tanto árduo e altamente reflexivo. O cunho histórico e filosófico de tal estudo é de importância equiparada, pois, sua importância histórica se dá ao se referir ao período no qual florescia nas universidades medievais as chamadas disputationes e outro fator histórico muito importante foi o de que nesse século em questão, a saber, o século 13, exatamente no ano de 1277, Henrique de Gand participava de algo muito importante, a condenação das 219 teses. Deste modo, Scotus escreveu três versões aos Libri quatuor setentiarum de Lombardo, os quais serviam de base de estudos teológicos para aqueles que desejavam se ordenar e crescer dentro das ordens religiosas. De modo que, as distinções sobre o possível e o impossível encontram-se de modo minuciosamente trabalhados nesses comentários de Scotus aos Quatro livros das sentenças de Pedro Lombardo.
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