Scientific Education in post-truth times: meanings and intentionalities in discussion
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7941.2020v37n3p1551Abstract
The paper discusses Science Education in a scenario in which the self and the post-truths, fake news and rumors on the internet, can be interpreted as metonymies of our times. The main objective is to develop a theoretical analysis exercise on the social role that Science Education can play in the construction of a society able to question it. For this endeavor, we produced interlocutions with Human and Social Sciences authors such as Michel Foucault, Michel De Certeau and François Dubet. Making a dialogue with the educational field, we also resort on considerations by authors such as Ivor Goodson and Paulo Freire. Considering that the specialization and the strengthens of Modern Science’s technical nature, disaggregated from its popularization increase inequalities and promote processes of exclusion and alienation, we present a model of school education based on the narrative learning proposed by Goodson which favors the construction of other relationships between knowledge and experiences produced in schools. We argue that, by showing how the construction of their diary student knowledge takes place and how their experiences are erected in different realities, it is possible to work on multiple dimensions of scientific knowledge. This allows the construction of new meanings for student experiences, while the understanding of scientific concepts and contents can be developed in a way that is not detached from cultures and emotions which challenge schooling processes and educational institutions.
References
APPLE, M. Produzindo diferença: neoliberalismo, neoconservadorismo e a política de reforma educacional. Linhas Críticas, n. 45, p. 606-544, 2015.
APPLE, M. A luta pela democracia na educação crítica. Revista e-curriculum, v. 15, n. 4, p. 894-926, 2017.
AUSUBEL, D. P. Aquisição e retenção de conhecimentos: Uma perspectiva cognitiva. Lisboa: Editora Plátano, 2003.
AZEVEDO, M. Entre a bancada e a sala de aula. A experimentação no período de ouro do Ensino de Ciências. Curitiba: Appris Editora, 2020.
AZEVEDO, M. Que lugar pertence à biologia na formação técnica de nível médio? Tecendo laços docentes entre Ciência e Culturas. In: AYRES, A. C. M. et al (Orgs.). Tecendo laços docentes entre ciência e culturas. 1. ed. Curitiba: Editora Prismas, 2016. p. 303-316.
BALL, S. J.; MAGUIRE, M.; BRAUN, A. Como as escolas fazem as políticas: atuação em escolas secundárias. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2016. 332p.
BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2001.
BAUMAN, Z. Medo líquido. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2008.
BORBA, R. C. N.; ANDRADE, M. C. P.; SELLES, S. E. Ensino de ciências e biologia e o cenário de restauração conservadora no Brasil: inquietações e reflexões. Revista Interinstitucional Artes de Educar, v. 5, p. 144-162, 2019.
BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand, 1989.
CEPPAS, F.; ROCHA, R. R. Ensino de filosofia na era da pós-verdade. O que nos faz Pensar, PUC-Rio, v. 28, p. 288-301, 2019.
DE CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1998.
DELORY-MOMBERGER, C. A condição biográfica: ensaios sobre a narrativa de si na modernidade avançada. Natal: EDUFRN, 2012. 155p.
DUBET, F. O que é uma escola justa? Cadernos de Pesquisa, v. 34, n. 123, 2004.
DUBET, F. El declive de la institución: profesiones, sujetos e individuos ante la reforma del Estado. Barcelona: Gedisa Editorial, 2006.
DUSSEL, E. Europa, modernidade e Eurocentrismo. In: LANDER, E. (Org.) A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
ELIAS, N. O Processo Civilizador: Formação do Estado e Civilização. Rio de Janeiro: Zahar, 1993. v. 2
FARIA FILHO, L. M.; VIDAL, D. G. Os tempos e os espaços escolares no processo de institucionalização da escola primária no Brasil. Revista Brasileira de Educação, 2000.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2000.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 2001.
FOUCAULT, M. Ditos e Escritos II: Arqueologia das Ciências e História dos Sistemas de Pensamento. Editora Forense Universitária, 2005.
FRACALANZA, H. Histórias do ensino de Biologia no Brasil. In: SELLES, S. E. et al (Orgs.). Ensino de Biologia: histórias, saberes e práticas formativas. Uberlândia: EdUFU, 2009. p. 25-48.
FREIRE, P. Caminhos de Paulo Freire. Revista Ensaio. São Paulo, n.14, 1985.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2014.
GOODSON, I. F. Currículo, narrativa e o futuro social. Revista Brasileira de Educação, v. 12, n. 35, p. 241-252, 2007.
GOODSON, I. F. Currículo, narrativa pessoal e futuro social. Campinas: Editora UNICAMP, 2019. 296p.
GOODSON, I. F.; PETRUCCI-ROSA, M. I. “Oi, como vai? boa sorte na escola!” Notas (auto)biográficas constitutivas da história de vida de um educador. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica, v. 05, n. 13, p. 91-104, 2020.
KRASILCHIK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 85-93, 2000.
LAYTON, D. Science for the people. London: George Allen and Unwin, 1973.
LIMA, N. W. et al. Educação em Ciências nos Tempos de Pós-Verdade: Reflexões Metafísicas a partir dos Estudos das Ciências de Bruno Latour. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 19, p. 155-189, 2019.
MARANDINO, M.; SELLES, S. E.; FERREIRA, M. S. Ensino de Biologia: histórias e práticas em diferentes espaços educativos. 1. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2009.
MCINTYRE, L. Post-Truth. Cambridge: MIT Press, 2018.
OXFORD DICTIONARY. Oxford Dictionary 2016 word of the year. Disponível em: https://languages.oup.com/word-of-the-year/2016/. Acesso em: 31 ago. 2020.
POPPER, K. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix/EDUSP, 1975.
RANCIÈRE, J. O ódio à democracia. São Paulo: Boitempo Editorial, 2014.
REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M. Ciência e arte: relações improváveis. História, Ciências, Saúde, Manguinhos, v. 13, p. 71-87, 2006.
RUDOLPH, J. L.; HORIBE, S. What do we mean by science education for civic engagement? Journal of Research on Science Teaching, v. 53, n. 6, p. 805-820, 2016.
SANTOS, B. S.; MENESES, M. P. Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, 2009. 532 p.
SELLES, S. E.; ANDRADE, E. P. Políticas Curriculares e subalternização do trabalho docente. Educação em Foco, v. 21, p. 39-64, 2016.
SENNET, R. O declínio do homem público: as tiranias da intimidade. São Paulo: Cia das Letras, 1998.
VINCENT, G.; LAHIRE, B.; THIN, D. Sobre a história e a teoria da forma escolar. Educação em Revista, Belo Horizonte, n. 33, p. 7-47, 2001.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pelo Caderno Brasileiro de Ensino de Física, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.

Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, SC, Brasil - - - eISSN 2175-7941 - - - está licenciada sob Licença Creative Commons > > > > >
