Light, Camera, Scientific Literacy! Understanding Marie Curie’s protagonism by Radioactive cinematographic work

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7941.2021.e76549

Abstract

Although the cultural industry is often concerned with concentrating efforts to provide simple entertainment, cinematographic works can go beyond entertainment and offer immeasurable possibilities for reflecting on topics in the scientific, technological and social fields. Therefore, the objective of this article is to analyze the cinematographic work Radioactive, seeking to understand the contributions of this film to the scientific and technological literacy of Society. Bardin's Content Analysis technique is used. The film shows that the understanding of the structure of the atom was in full development and reveals a little of the difficulty to understand, at that moment, the nature of the rays emitted by the unstable atoms mentioned by Marie Curie. The cinematographic work allows reflecting distorted views of S&T as the individualistic and elitist idea that ignores the collective work of scientists and that shows science as being an activity of white men who would be able to decide social issues involving S&T. The film seems to leave us a series of messages, but we can highlight the one that values the democratization of science and, mainly, with the necessary participation of women as subjects of the process.

Author Biographies

Marcos Gervânio de Azevedo Melo, Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA

Graduado em Licenciatura Plena em Física pela UFPA (1997), Pós-Graduado em Ensino de Ciencias pela UFPA (2004), Mestrado em Ensino de Ciências Exatas pela UNIVATES-RS (2011) e Doutorado em Ensino de Ciências e Tecnologia pela UTFPR (2019). Atualmente, é Professor de Física do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), atuando no Clube de Ciências da UFOPA(CCiUFOPA), vinculado ao Centro Pedagógico e Apoio ao Desenvolvimento Científico. Realiza estudos sobre Alfabetização Científica e Tecnológica no contexto do enfoque CTS.

Bettina Heerdt, Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG

Graduação em Ciências Biológicas (2001), Pós-Graduação (especialização) em Ecologia (2003) ambos pela Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO, mestrado em Educação (2009), área de concentração Ensino-Aprendizagem pela Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG e doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática no Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática (PECEM), da Universidade Estadual de Londrina - UEL. Professora adjunta do departamento de Biologia Geral na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), atuando no curso de graduação em Ciências Biológicas licenciatura, no Programa de Pós-Graduação em Educação e no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática. Pesquisas nas seguintes temáticas: Epistemologias feministas e questões de gênero na Educação Científica.

References

AGUIA. Produção científica feminina cai devido à pandemia. AGUIA. Agência USP de gestão da informação acadêmica Universidade de São Paulo. 27 de jun. de 2020. Disponível em: https://www.aguia.usp.br/noticias/49310/?doing_wp_cron=1596666982.1948049068450927734375. Acesso em: 05 ago. 2020.

AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Editora Jandaíra, 2020.

ALVES, R. Filosofia da Ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Brasiliense, 1981.

AULER, D.; DELIZOICOV, D. Alfabetização científico-tecnológica para quê? Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 3, n. 2, p. 122-134, 2001. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/epec/v3n2/1983-2117-epec-3-02-00122.pdf. Acesso em: 10 ago. 2020.

AULER, D.; DELIZOICOV, D. Educação CTC: articulação entre pressupostos do educador Paulo Freire e referenciais ligados ao movimento CTS. In: LÓPES, A. B.; PEINADO, V-B.; LÓPES, M. J.; RUZ, M. T. P. (Org.). Las Relaciones CTS en la Educación Científica. Málaga: Editora da Universidade de Málaga, v. único, p. 01-07, 2006.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. 3. ed. São Paulo: Edições 70, 2011.

BATISTA, I. de L.; SALVI, R. F.; LUCAS, L. B. Modelos científicos e suas relações com a epistemologia da ciência e a educação científica. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 8, 2011, Campinas. Anais... Campinas: ENPEC, 2011.

CACHAPUZ, A. et al. (Org.). A necessária renovação do ensino de ciências. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal? 1. ed. São Paulo: Brasiliense. 1993.

CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 5. ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2011.

CHASSOT, A. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Revista Brasileira de Educação, ANPED, n. 22, p. 89-100, 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782003000100009&lng=en. Acesso em: 10 ago. 2020.

COLLINS, H.; PINCH T. O Golem à solta: o que você deveria saber sobre tecnologia. Belo Horizonte: Fabrefactum. 2010.

CORDEIRO, M. D. Dos Curie a Rutherford: aspectos históricos e epistemológicos da radioatividade na formação científica. 2011. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

CORDEIRO, M. D.; PEDUZZI, L. O. Q. M. S. Aspectos da natureza da ciência e do trabalho científico no período inicial de desenvolvimento da radioatividade. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 33, n. 3, p. 3601-11, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbef/v33n3/19.pdf. Acesso em: 22 fev. 2021.

CUNHA, R. B. Alfabetização científica ou letramento científico? Interesses envolvidos nas interpretações da noção de scientific literacy. Revista Brasileira de Educação, v. 22, n. 68, p. 169-186, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/cWsmkrWxxvcm9RFvvQBWm5s/?lang=pt. Acesso em: 22 jun. 2021.

CURIE, M. S. Rayons émis par les composés de l’uranium et du thorium. Comptes Rendus de l’Académie des Sciences de Paris, v. 126, p. 1101-3, 1898. Disponível em: https://www.academie-sciences.fr/pdf/dossiers/Curie/Curie_pdf/CR1898_p1101.pdf. Acesso em: 22 fev. 2021.

FAUSTO-STERLING, A. Sexing the Body: Gender Politics and the Construction of Sexuality. New York: Basic Books. 2000.

FREIRE, P. Conscientização teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3. ed. São Paulo: Moraes, 1980.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

HOOKS, B. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.

KELLER, E. F. Qual foi o impacto do feminismo na ciência? Tradução: Maria Luiza Lara. Cadernos Pagu, Campinas, n. 27, p. 13-34, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-83332006000200003&script=sci_ abstract&tlng=pt. Acesso em: 10 ago. 2020.

GALVÃO, T.; FELICIO, C. M.; NOLL, M. O jornalismo científico no contexto educacional: práticas dialógicas informacionais para a divulgação científica. In: FALEIRO, W.; BARROS, M. V.; ANDREATA, M. A. (Org). A docência e a divulgação científica no ensino de ciências. Goiânia: Kelps, p. 155-186, 2020.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

HEERDT, B; BATISTA, I, d. L. Questões de gênero e da natureza da ciência na formação docente. Investigações em Ensino de Ciências, v. 21, n. 2, p. 30-51, 2016. Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/7. Acesso em: 03 jul. 2021.

HIRATA, H. Gênero, classe e raça - Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, v. 26, n. 1, São Paulo: USP, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ts/a/LhNLNH6YJB5HVJ6vnGpLgHz/?lang=pt. Acesso em: 03 jul. 2021.

JAPIASSU, H. O mito da neutralidade científica. 2. ed. Rio de janeiro: Imago, 1981.

LICIO, J. G.; SILVA, C. C. O que Richard Feynman tem a nos ensinar sobre natureza da ciência? Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 37, n. 1, p. 146-172, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/2175-7941.2020v37n1p146. Acesso em: 10 ago. 2020.

LUJÁN LÓPES, J. L. et al. Ciencia, Tecnología y Sociedad: Una introducción al estudio social de la ciencia y la tecnología. Madrid: TECNOS. 1996.

MAFFÍA, D. Epistemología Feminista: la subversión semiótica de las mujeres en la ciencia. Revista feminismos, v. 2, n. 3, Set. - Dez. 2014. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/30037. Acesso em: 10 ago. 2020.

MARQUES, A. C. T. L.; MARANDINO, M. Alfabetização científica, criança e espaços de educação não formal: diálogos possíveis. Educação e Pesquisa [online], v. 44, p. 1-19, e170831. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1678-4634201712170831. Acesso em: 22 jun. 2021.

MARTINS, A. M.; JUNIOR, P. L. Identidade e desenvolvimento profissional de professoras de ciências como uma questão de gênero: o caso de Natália Flores. Investigações em Ensino de Ciências, v. 25, n. 3, p. 616-629. 2020. Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/2173. Acesso em: 22 jun. 2021.

MARTINS, R. A. As primeiras investigações de Marie Curie sobre elementos radioativos. Rev. SBHC, n. 1, p. 29-41, 2003. Disponível em: https://www.sbhc.org.br/revistahistoria/view?ID_REVISTA_HISTORIA=21. Acesso em: 22 fev. 2021.

MARTINS, R. A. Como Becquerel não descobriu a radiatividade. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 7, número especial, p. 27-45, 1990. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/275832998_Como_Becquerel_nao_descobriu_a_radioatividade. Acesso em: 22 fev. 2021.

MEDEIROS, C. Entrevista com Mariluce Moura. In: VOGT, C.; GOMES, M.; MUNIZ, R. (Org). ComCiência e divulgação científica. Campinas: BCCL/UNICAMP, p. 143-150, 2018.

MELO, M. G. de A. Luz, Câmera, Alfabetização Científica! Possibilidades epistemológicas no antagonismo ciência-pseudociência da série Cosmos de Carl Sagan. Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemáticas, v. 17, n. 38, p. 173-190, 2021. Disponível em: https://www.periodicos.ufpa.br/index.php/revistaamazonia/article/view/9737. Acesso em: 03 de jul. de 2021.

MELO, M. G. de A.; SILVA, J. A. P. Luz, Câmera, Alfabetização Científica! Uma conversa entre Arte e Ciência na Viagem à Lua de Georges Méliès. Revista Valore, v. 4, n. (edição especial), p. 8-18. 2019. Disponível em: https://revistavalore.emnuvens.com.br/valore/article/view/526. Acesso em: 03 jul. 2021.

MORIN, E. Ciência com consciência. 11. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.

MOZZER, N. B.; JUSTI, R. da S. Modelagem analógica no ensino de ciências. Investigações em Ensino de Ciências, v. 23, n. 1, p. 155-182, 2018. Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/883. Acesso em: 26 fev. 2021.

PEDUZZI, L. O. Q. Do átomo grego ao átomo de Bohr. Publicação interna. Florianópolis: Departamento de Física, Universidade Federal de Santa Catarina, 2015 (revisado em julho de 2019). 205 p. Disponível em: www.evolucaodosconceitosdafisica.ufsc.br. Acesso em: 22 fev. 2021.

PIZZATO, M. C. et al. O que são atitudes investigativa e científica, afinal? Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 18, n. 2, p. 342-360, 2019. Disponível em: http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen18/REEC_18_2_3_ex1408.pdf. Acesso em: 10 ago. 2020.

PUGLIESE, G. O Nobel e alguns "contos de fada". ComCiência, Campinas, n. 164, dez. 2014. Disponível em: http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542014001000011 &lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 23 jun. 2021.

PUGLIESE, G. Sobre o “Caso Marie Curie”: A Radioatividade e a Subversão do Gênero. 2009. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação de Antropologia Social da Universidade de São Paulo, São Paulo.

PUGLIESE, G. Um sobrevoo no “Caso Marie Curie”: um experimento de antropologia, gênero e ciência. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, v. 50, n. 1, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ra/a/xZy55p7Sk9BZPYBNnYjZmWC/?format=html. Acesso em: 24 jun. 2021.

ROSA, K.; MARTINS, M. C. O que é alfabetização científica, afinal? In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, XVII, 2007, São Luís, Maranhão. Anais... Disponível em: http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvii/sys/resumos/T0011-1.pdf. Acesso em: 24 jul. 2020.

SAGAN, C. O mundo assombrado pelos demônios: a ciência vista como uma vela no escuro. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, P. B. Metodologia de pesquisa. 3. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2006.

SASSERON, L. H.; CARVALHO, A. M. P. de. Alfabetização científica: uma revisão bibliográfica. Investigações em ensino de ciências, v. 16, n. 1, p. 59-77, mar. 2011. Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/246. Acesso em: 10 ago. 2020.

SCHIEBINGER, L. Mais mulheres na ciência: questões de conhecimento. Apresentação de Maria Margaret Lopes. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 15, supl., jun., p. 269-281, 2008.

SCHIENBINGER, L. O feminismo mudou a ciência? Bauru: Edusc, 2001.

SILVA, F. F. da; RIBEIRO, P. R. C. A inserção das mulheres na ciência: narrativas de mulheres cientistas sobre a escolha profissional. Linhas Críticas, v. 18, n. 35, p. 171-191, 2012. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/3846. Acesso em: 17 ago. 2020.

SOUZA, L. P.; GUEDES D. R. A desigual divisão sexual do trabalho: um olhar sobre a última década. Estudos avançados, v. 30, n. 87, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ea/a/PPDVW47HsgMgGQQCgYYfWgp/?lang=pt. Acesso em: 03 jul. 2021.

Published

2021-12-15

How to Cite

Melo, M. G. de A., & Heerdt, B. (2021). Light, Camera, Scientific Literacy! Understanding Marie Curie’s protagonism by Radioactive cinematographic work. Caderno Brasileiro De Ensino De Física, 38(3), 1674–1699. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2021.e76549

Issue

Section

História, Filosofia e Sociologia da Ciência e Ensino de Ciências/Física