Mulheres na Física: a realidade em dados

Autores/as

  • Débora P. Menezes Departamento de Física, Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7941.2017v34n2p341

Resumen

Em dezembro de 2015, foi instituído pela Sociedade Brasileira de Física o Grupo de trabalho sobre Questões de Gênero (GTG), que se debruçou sobre dados envolvendo a participação de meninas e mulheres no universo da física. Dois momentos temporais distintos foram analisados: uma etapa na adolescência, quando as meninas participam das Olimpíadas Brasileiras de Física e uma etapa na vida profissional de pesquisadoras com carreiras consolidadas, que possuem bolsas de produtividade do CNPq. Com relação à primeira etapa, nossos estudos mostram claramente um declínio no percentual de meninas premiadas desde o 8° ano do ensino fundamental até o 3° no ensino médio, indicando um quadro associado ao que se chama efeito tesoura, presente antes mesmo da decisão por uma carreira científica.  Com relação à segunda etapa, nossos dados mostram que o perfil dos pesquisadores bolsistas de física e astronomia é bastante semelhante no que concerne ao gênero, mas apenas um terço do percentual de mulheres pesquisadoras filiadas às Sociedade Brasileira de Física e Sociedade Astronômica Brasileira possuem bolsa, um quadro que permanece estático há mais de uma década. 

Biografía del autor/a

Débora P. Menezes, Departamento de Física, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Fisica/Bacharelado e em Fisica/Licenciatura pela Universidade de São Paulo, mestrado em Física pela Universidade de São Paulo, doutorado pela University of Oxford, Inglaterra (1989), pós-doutorado pela Universidade de Coimbra, Portugal, estágio sênior pela Sydney University, Austrália e pela Universidade de Alicante, Espanha. Tem trabalhado com regularidade como pesquisadora visitante na Universidade de Coimbra (Portugal) e no Laboratoire de Physique Corpusculaire - EnsiCaen (França). Atualmente é professora titular da Universidade Federal de Santa Catarina e integra o Comitê Gestor do INCT-Física Nuclear e Aplicações e o Grupo de Trabalho sobre Questões de Gênero, ligado à Sociedade Brasileira de Física. Integrou o Comitê Assessor de Física e Astronomia do CNPq de setembro de 2013 a agosto de 2016, a Comissão de Física Nuclear e Aplicações da SBF de 2012 a 2017, foi Pró-Reitora de Pesquisa e Extensão da UFSC de maio de 2008 a maio de 2012, fez parte da Comissão de Avaliação da Extensão Universitária (CPAE), ligada ao Fórum de Pró-Reitores de Extensão (FORPROEX) de 2010 a 2013 e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Física da UFSC de outubro de 2006 a maio de 2008. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física Nuclear e de Hádrons, atuando principalmente nos seguintes temas: equações de estado, estrelas de nêutrons, mapeamentos bosônicos, álgebras quânticas, modelos relativísticos e astrofísica nuclear. É assessora ad hoc do CNPq, CAPES, FINEP, FAPESC, Fundação Araucária, FAPERGS, FAPESP, UERJ e USP e arbitra regularmente para várias revistas internacionais. Foi contemplada com a Medalha e Diploma de Mérito Francisco Dias Velho pela Câmara Municipal de Florianópolis por suas contribuições nas ciências.

Publicado

2017-08-09

Cómo citar

Menezes, D. P. (2017). Mulheres na Física: a realidade em dados. Caderno Brasileiro De Ensino De Física, 34(2), 341–343. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2017v34n2p341

Número

Sección

Editorial