Crença Forte, ciência fraca? Contribuições sobre a relação Ciência e crença para a educação científica e tecnológica em tempos de pós-verdade
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7941.2020v37n3p1684Resumen
O presente ensaio busca contribuir com reflexões sobre o fenômeno da pós-verdade partindo das pesquisas sobre ciência e crença/religião, especialmente as que tratam de criacionismo e evolução, disseminadas na área de ensino de ciências, bem como a relação entre ciência e ideologia, sob a ótica de Natureza da Ciência de forma geral e CTS, em particular. Apresenta (1) as contribuições da Teoria da Dissonância Cognitiva para melhor entendimento da dicotomia entre o conhecimento que se tem e a obediência à crença que se professa e para melhor orientação das práticas de formação de professores e aulas sobre o tema na Educação em Ciência e (2) um exemplo de estudo do perfil de movimentos protestantes no Brasil, a fim de melhor entender o comportamento geral deste segmento frente ao Livre Exame que caracteriza sua origem. Propõe que a dissonância cognitiva resultante das informações científicas e suas crenças favoreçam o fenômeno da pós-verdade, quando as crenças se sobrepõem às informações baseadas em evidência.
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