A construção do humor pela polifonia e intertextualidade no vídeo "É pau, é pedra"
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2020v17n1p4398Resumo
Este artigo, pautado nos estudos de Bakhtin (2002) e de Ducrot (1987) teve como objetivo analisar a construção do humor por meio da polifonia e da intertextualidade no vídeo “É pau, é pedra”, do canal Porta dos Fundos. Por meio da análise do jogo argumentativo que se dá entre os personagens, compreensível no universo do humor, analisa-se a escala argumentativa dada pelos interlocutores, a qual traz a polifonia do texto: vozes que ora representam o desejo de virilidade, ora representam outros desejos sociais. O entrecruzamento de vozes ocorre em uma construção de exclusão: são questões impossíveis de serem conciliadas, pressupondo um diálogo que prevê preferências. O tamanho do pênis, nesse caso, representa a obsessão pelo papel viril. A intertextualidade inclui e exclui os leitores/telespectadores, fazendo referências intertextuais específicas. Assim como a polifonia, a intertextualidade é também geradora de humor no texto.
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