Hiperlíngua, deriva e gênero
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2012v9n1p21Resumo
Este trabalho tem como pano de fundo uma pesquisa sobre tendências à deriva no português brasileiro culto, cujos resultados parciais permitiram uma reflexão sobre o tema-síntese: o funcionamento de uma hiperlíngua. Uma hiperlíngua (noção desenvolvida por Sylvain Auroux), espacial e temporalmente, serve a sujeitos com determinadas capacidades linguísticas, envoltos por um mundo onde há, entre outras coisas, artefatos técnicos como gramáticas e dicionários, que têm um papel descritivo mas igualmente normativo. Resulta daí uma constante disputa entre estabilização e desestabilização (forças centrípetas e forças centrífugas, em Bakhtin). Utilizando também o jogo estrutura/acontecimento, conforme a semântica discursiva de Michel Pêcheux, meu objetivo é aprofundar a reflexão sobre questões levantadas, abordando a provisoriedade histórico-discursiva das identidades na produção de efeitos de sentido. Do ponto de vista prático, aponto a emergência de gêneros heterogêneos, tais como os que exploram o humor, com autoria indefinida, e proponho a leitura discursiva de um exemplar
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